sexta-feira, 29 de junho de 2012

Comandos portugueses,herdeiros do Grande Coronel



Hoje,29 de Junho de 2012,comemora-se meio século do nascimento de um grupo guerreiro,os modernos cruzados de Portugal,prosseguindo numa secular história de destemor diante de qualquer inimigo ou obstáculo. Os Comandos! Vários foram os homens que ajudaram a dar vida a esta unidade imprescindível nos momentos trágicos de seu nascimento. Mas um se destaca pois nunca um Homem transmitiu tanto de si ao seu grupo como o Tenente Coronel Santos e Castro. O orgulho guerreiro,a audácia,a coragem como atributo natural,o sacrifício da própria vida em defesa dos ideais pátrios.

O Coronel Santos e Castro não se deteve em sua cruzada heroica em defesa do mundo português,sacrificou a própria carreira militar e um futuro tranquilo se mantendo na luta quando as forças do mal -as colunas traidoras dos Capitães de Abril- pisaram a bandeira das cinco quinas,rasgaram cinco séculos de história de conquistas,sacrifício e morte em África e Ásia,que agigantavam e demostravam o real tamanho do aparentemente pequeno retângulo de terra à beira da Europa. Porque sua grandeza estava em seus Homens e essa grandeza lá não cabia.

Os Comandos têm a face e o espírito do Grande Coronel. Que nos comandava debaixo de fogo sem portar sequer uma pistola. Mas era ele nossa principal arma. Neste Dia dos Comandos,que seja lembrado com respeito,que sua vida sirva de bandeira a ser seguida e defendida.

MAMA SUME!








quarta-feira, 20 de junho de 2012

Nem voto facultativo nem urna eletrônica - e nem teocracia insana Dona Marina!

O Brasil não tem líderes naturais e nas eleições pululam todos os conluios, fraudes, crimes. Ao eleitor consciente, sem muita escolha, resta votar no "menos pior", neste ano, o Aécio Neves. Mas tudo tem um ar suspeito de grande circo, no qual o povo é o palhaço...

Algumas campanhas até bem intencionadas nas redes sociais pregam o fim do voto obrigatório em nome da liberdade e isto é um grande equívoco que só iria manter e fortalecer definitivamente a atual ditadura da ignorância. Em se implantando o voto facultativo,quem sairia de casa para ir às urnas? Apenas a manada iletrada,comboiada e comprada com os vales governamentais,os rebanhos tangidos pelos seus coronéis,os analfabetos temerosos da onipresença dos “ómi do governo”,os robotizados operários e campesinos com o cérebro atulhado de slogans e contos de fadas marxistas,os esquerdopatas babando sobre suas camisetas de Che Guevara e a quase totalidade de um câncer social conhecidos como acadêmicos e cientistas sociais que arrastam os discípulos com sua metástase irreal contaminando irremediavelmente mentes em formação de jovens que mais tarde participarão da construção - e deformação- da nossa sociedade em declínio,escorregando irremediavelmente encosta abaixo no limo de ideologias anacrônicas,há muito ultrapassadas lá no mundo civilizado.

A maioria dos cidadãos de bem -que trabalham e não dependem de vales- ficaria em casa descansando. Apenas uma minoria com formação tradicional e plenamente conscientes do valor do voto iria cumprir seu papel social,mas em número arrasadoramente insuficiente para equilibrar o resultado que sempre seria a favor da barbárie barbudinha,suja e de boina com alguma estrelinha vermelha. Isso não vai mudar neste Brasil em procriação desenfreada e estimulada de cidadãos-gado de corte,com carne de segunda. E mesmo com uma improvável reviravolta emocional e não racional, tipo instalação de uma teocracia insana* -já temos massa para isso- a atual ditadura conta com um aliado imbatível, ironicamente e descaradamente chamado de "incontestável vitória nas urnas” ou melhor dizendo, vitória eletrônica. Já pararam para pensar que em países do primeiro mundo a votação continua no trabalhoso método de riscar,perfurar,depositar pedaços de papel em caixas seladas e apuradas demoradamente perante testemunhas, enquanto no Brasil todo o processo é realizado através de computadorezinhos primários denominados de urna eletrônica? Em tempos que até os supercomputadores do Pentágono, os mais bem protegidos do mundo são invadidos por moleques de 16 anos por simples diversão?

Nem voto facultativo e muito menos urna eletrônica; temos que lutar é pelo voto consciente através de uma limpeza total no desacreditado e contaminado ensino brasileiro, por uma imprensa verdadeiramente livre e pelo sistema de voto tradicional, que não é totalmente seguro mas é de longe menos vulnerável que a fraude eletrônica atual. Pensem!

Atualização em 12/05/2014: CQD, Datafolha chegando à mesma conclusão, dois anos depois...  Se voto não fosse obrigatório, maior beneficiada seria Dilma

Atualização em 16/08/2014:
* E a "improvável reviravolta emocional, irracional, levando a uma teocracia insana" pode acontecer com a morte de Eduardo Campos... Em 2000, no livro "O Infinito não tem pressa" escrevi sobre a América Portuguesa, conhecida como Brasil:
(...) É a tragicomédia em seu máximo esplendor e que graças à desenfreada e estimulada reprodução da massa ignara, quase duas centenas de milhões, tenderá num curto ou médio prazo a se tornar uma retrógrada ditadura de esquerda tipo cubana mesclada com traços de teocracia para explorar a ignorância em ascensão.(...)
Acharam uma grande besteira...
Agora, 14 anos depois, vamos supor: a evangélica fervorosa D.Marina Silva, aliada em alguns estados com petistas e até o PSOL, pela mão do Senhor vai se tornar candidata à presidência. A Manada, pela emoção, a conduz ao segundo turno. Neste, soma-se com o voto de protesto contra D.Dilma, mais a escolha da massa evangélica na disputa Deus X Demônio (Dilma é ateia) e elege Marina... Socialismo em nome de Jesus!
Será que realmente continuo falando besteira? Lembrem-se que a manada dispara para qualquer lado dependendo do barulho. E é um homem, um voto.



terça-feira, 19 de junho de 2012

Porte de armas para atiradores desportivos - uma questão de bom senso

O Projeto de Lei 6971/10 do Deputado Milton Monti (PR-SP) estendendo o direito de porte de arma aos atiradores e colecionadores que será discutido hoje na Câmara dos Deputados é mais um ato obrigatório para remendar as distorções absurdas do famigerado,irreal e maldoso Estatuto do Desarmamento,construído debaixo do lobby da bandidagem e seus asseclas parlamentares. Segundo o autor do imprescindível projeto, o Estatuto do Desarmamento deixou lacunas ao não considerar pessoas que desenvolvem atividades nas quais há convívio direto com armas de fogo e que, em função disso, precisam dispor do porte de arma."

Atiradores para se deslocarem para a prática de seu esporte,pelo Estatuto do Desarmamento têm que obter uma autorização provisória do Exército para o transporte da arma e mesmo assim,desmontada e com as munições em separado! Oras,por acaso entendem as autoridades que o cansativo discurso de que o porte e manejo de armas pode causar acidentes se o cidadão não for devidamente treinado se estende também aos atiradores desportivos,nossos homens mais habilitados,acostumados e experts em armamento?

Na audiência de hoje,19/06 também,sempre remendando os furos absurdos do Estatuto do Desarmamento,serão discutidos outras extensões de porte de arma aos funcionários dos Detrans,advogados,policiais das Assembleias Legislativas dos estados e da Câmara Legislativa do Distrito Federal e agentes de segurança do Ministério Público da União,além do o Projeto de Lei 2561/11, que torna obrigatória a apreensão e a destruição de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo... Crianças,corram,os homens maus querem quebrar seus brinquedinhos!

Especial atenção aos pronunciamentos sempre honestos,contundentes e alicerçados na crua realidade de nosso país do Presidente do Movimento Viva Brasil,Professor Bené Barbosa. Mas se preferir um programa mais leve,embora de humor negro,o debate também oferecerá esta opção,a cargo dos impagáveis artistas Melina Risso,diretora do Instituto Sou da Paz e Antonio Bandeira,do Movimento Viva Rio...







Atualização em 21/06 - Participação do Presidente do Movimento Viva Brasil,Professor Bené Barbosa:




sábado, 16 de junho de 2012

Conto no Blog:Eficiência coroada


Baptista Filho,47,lembrava as já saudosas águas de fonte,insípidas e inodoras. Não cheirava nem fedia... Pertencia ao escritório como se fosse um arquivo ou uma caixa de sugestões. Acho que uma caixa de sugestões é mais elucidativa. Estava lá,fazia parte,mas ninguém mexia ou se importava. Três ternos,um cinza,outro cinza e outro cinza. Gravatas e meias pretas. Barba impecavelmente raspada,três fios de cabelo alinhados cuidadosamente na testa careca,baixo,quase gordo,óculos de plástico preto. Não larga nunca de uma pasta de couro,tipo escolar,pesadíssima. Certa vez,quando o chefe o chamara a deixara embaixo da mesa. Os colegas a pegaram e com a escada do porteiro amarraram-na no lustre. Baptista Filho quando voltou,sentou-se e os pés calçados com o 752 preto procuraram a pasta automaticamente. Empalideceu. Olhou em torno,todos trabalhando,sem fitá-lo... Suspense. Levantou-se e foi até a porta do chefe mas titubeou. De repente viu. Lá em cima. Risinhos disfarçados. Baptista Filho conseguiu ficar mais pálido ainda,mediu a altura da pasta com os olhos e não teve dúvidas:telefonou para os bombeiros!

Susto na telefonista,corre-corre no escritório.

 -Calma Sr. Baptista Filho,calma!Já vamos tirar para o senhor! Bernadete,cancela a ligação por favor!
Baptista Filho não disse uma palavra,mas nunca mais tentaram outra brincadeira...

É interessante,o pessoal do escritório se trata por Nenê,Zezé,Corintiano,Miss Pig(à revelia),Mineiro,mas Baptista Filho é como Deus,só existe com o Filho junto. Nem Baptista,nem Filho,nem Espírito Santo. Muito menos Tista. É Baptista Filho e pronto. Ficou. Já em casa,apartamento de dois quartos,financiado,sem garagem,é chamado pela esposa de...Baptista Filho! Adelaide trabalhava no mesmo escritório,daí...ficou. Adelaide,40,um ou dois dedos mais alta que o marido,magra,cabelos castanhos quase loiros. Segundo pessoal do escritório,classificada como “comível”,um título que é uma espécie de ameaça – se não se cuidar,em um prazo mínimo passa a “era comível”,algo nostálgico,sem volta.

 Dez anos de casamento. Sem namoro. Moradores do mesmo bairro,quase vizinhos,ia e vinha no mesmo ônibus de Baptista Filho,que morava com a mãe viúva. Um ano só se cumprimentando,depois um ano sentados no mesmo banco,quase sem conversar. Adelaide é que se aproximou,sentia-se mais segura com um colega. Quando chegou aos trinta,começou a ver o gordinho como rechonchudo,o careca como calvo,o esquisito como respeitador. Ai morreu a mãe – dele. Não houve mudança significativa em seu comportamento,mas os ternos começaram a aparecer um pouco descuidados,para o olhar atento de uma solteirona. Cansada de rolar sozinha na cama,noite após noite,convenceu-se que Baptista Filho era o homem ideal. Conversando no ônibus,na volta para casa,colocou a mão na perna do colega. Baptista Filho ficou roxo,engasgou,retesou-se no assento mas não disse uma palavra. Foram assim até o destino.

No dia seguinte Adelaide sentou-se como sempre ao seu lado,meio constrangida,achando que havia exagerado. Trocaram a meia dúzia de palavras protocolares de sempre e eis que observa uma mudança em Baptista Filho – está agitado,se mexe no assento,rosto vermelho(olhou para ele de soslaio)e em movimentos um tanto bruscos,bate sua perna contra a dela,repetidamente. Algo confusa,coloca novamente a mão sobre a perna do agitado quarentão. Pronto,acalmou na hora,aquietou-se! Parece que até que semicerrou os olhos. E sem nada dizer,Adelaide com coração disparado e a mão parada,vai assim até o ponto do escritório...

Tornou-se então praxe obrigatória a mão na perna,uma espécie de ato sexual para Baptista Filho,quase uma aberração. Aí,já com tanta intimidade,Adelaide resolveu lhe falar. A mão na perna a estava deixando louca. Ele simplesmente disse: é... - e dois meses após estavam casados,assim que Baptista Filho completou e lhe apresentou um relatório de pesquisas de custo em várias igrejas e cartórios. O problema foi que na lua e mel o noivo quis continuar respeitador até na cama e Adelaide,já em desespero de causa,teve que pular para cima. Surpreendentemente o desempenho,meio rústico,foi satisfatório e as medidas suficientes. Era um sábado,é claro,ele não faltaria ao escritório só para casar.

Passaram o dia arrumando a casa,Baptista Filho dando as ordens. Logo ela quis mais mais,mas ele alegou que a semana estava começando e tinha que estar descansado para o trabalho. E assim acabou descobrindo que farra,só seria aos sábados e desta forma foi por dez anos... Bem que no começo tentou alguns ataques,todos infrutíferos e então acabou se adaptando,fazendo do suspense de contar os dias mais um tipo de excitação.


A pedido de Baptista Filho saiu do emprego para cuidar da casa e evitar as piadinhas no escritório que o incomodavam,além de ter medo que Adelaide fosse indiscreta com as colegas. Não queria ser assediado como um objeto sexual,sempre evitara essas coisas. Queria era produzir,trabalhar para o Dr. Irineu,o patrão. Sua meta,eficiência crescente até uma aposentadoria honrada...

Ela,sozinha em casa,sem filhos – ele fizera uma planilha de custos e concluíra ser incompatível com seus ganhos – se divertia ouvindo as histórias das vizinhas,mais ou menos de sua faixa etária,avidas consumidoras de entregadores de pizza,carteiros,eletricistas e tudo que aparecesse na porta ou pudesse ser chamado pelo telefone,enquanto seus insonsos maridos trabalhavam. Mas Adelaide se mantinha firme,afinal antes tinha nada,agora,uma vez por semana era uma quantidade enorme...

E ia tudo na santa paz até a famosa implantação do ISTO 8000,o ápice da carreira de Baptista Filho. Dr. Irineu o chamara,juntos assistiram um vídeo sobre o processo de implantação e com os olhos brilhando recebeu um calhamaço de blocos de relatórios e apostilas,com a missão:implante-se! Tudo o que Baptista Filho sonhara estava ali,a ordem,a disciplina,a eficiência a serviço da produção. Iria finalmente acabar com a farra no escritório,tinha poder até para demitir e terceirizar serviços em prol de resultados.

 -Confio no senhor,seu Baptista(Dr. Irineu era o único que o chamava assim,uma espécie de distinção)seja impessoal,é uma empresa,não uma família,não hesite em cortar funcionários se isso reduzir custos,terceirizar serviços se isso se traduzir em eficiência a baixo preço! Um discurso. Baptista Filho quase chorou. Em verdade chorou sim,abraçado aos calhamaços,depois que todos saíram. Permaneceu no escritório por quase duas horas,esquecendo até de avisar a aflita Adelaide,isso nunca acontecera antes. Depois,em casa,discorreu sobre a implantação do ISTO 8000,métodos de eficiência na empresa até quase meia noite. Adelaide quase desmaiou,de sono e de tédio.

Apesar de ter dormido tarde,Baptista Filho acordou mais cedo e foi abrir o escritório para adiantar alguns detalhes antes do expediente.

O terror,a inquisição,tomaram de assalto a antes pacata e feliz firma. E no casamento,quem era apenas um insonso(sábados à parte),transformou-se num chato especializado,só suportado pelo aparte acima. Na firma,vó Dita e suas faxineiras foram as primeiras a serem demitidas. Terceirizou o serviço,um bando de estranhos mudos em uniformes brancos invadiam as salas e em minutos estava tudo em ordem pela metade do preço,sem conversas ou cafezinhos. Sem encargos sociais. Um sucesso. Toda a secção de apoio que custasse muito ou produzisse pouco foi sendo eliminada e terceirizada. Criou-se a competição entre funcionários. Acabaram-se as brincadeiras. Todos tinham que tentar ser melhor que o colega ao lado. Instalou-se a desconfiança. Mas o resultado financeiro começou a aparecer e Baptista Filho exultava.
Em casa cortou a ida ao cinema às quartas-feiras – o total dos gastos era de 25 reais e o filme na televisão era de custo quase zero. Dos 25 reais,tirou 20 e terceirizou a passagem de roupas,uma vez por semana,sendo Adelaide dispensada deste serviço por baixo desempenho – os colarinhos nunca ficavam bons. E Baptista Filho queria tornar eficiente até mesmo o modo de Adelaide comer,media a distância do prato ao queixo,tentava explicar que se a cabeça descesse 1/3,a colher só teria que subir 2/3 do trajeto e isso feito em conjunto resultaria em eficiência...

Adelaide concordava,submissa,pensando nas noites de sábado. E aí então,chegaram ao fatídico incidente.

Sabadão. Banho tomado,perfumada,uma semana de devaneios eróticos,até mesmo com o ISTO 8000 – Adelaide era um fenômeno,se excitou com a palavra implantação! Foi se chegando ao rechonchudo,que absorto,fazia contas de cabeça. Começou a se esfregar nele,sua mão foi descendo,descendo...

Baptista Filho:

-Você está agitada,sem método não vai conseguir dormir,Adelaide! Procure ficar quieta,na posição correta,respiração compassada. Tudo é método! Porque com ISTO 8000...Adelaide retirou a mão,ficou quieta mas não dormiu um só minuto a noite inteira. Domingo chocho,ou seja,normal. Adelaide já refeita,parecendo até mais leve,sorrindo...

Segunda-feira. Ao anoitecer,Baptista Filho volta para casa,atrasado só meia hora. Abre a porta e vê,sobre a mesa,uma caixa de pizza e um capacete. Ignora o capacete – por falta de método o entregador deve ter esquecido. Seu espanto é a pizza. Fizera os cálculos várias vezes e demonstrara à Adelaide que ficava muito mais em conta fazer em casa,cerca de 70%,um absurdo!

-Adelaide!
Abre a porta do quarto de supetão.

-Adê,Adê,Adelaide,quê,quê,quê é isso?!!

-Isso,Baptista Filho,é eficiência,você não estava produzindo neste setor e eu terceirizei!
E para o entregador de pizza,morenão de 22 anos que havia parado sem saber o que fazer:

-Implanta! Implanta!!!



sexta-feira, 15 de junho de 2012

Menores bandidos:o arrastão e o sonho

Os arrastões em restaurantes são a realidade,o sonho é o que pensa o Coordenador da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, Antonio Carlos Malheiros: “Nós temos que trabalhar efetivamente com a família. O Estado tem que estar mais próximo das pessoas mais miseráveis. Assim vai resolver. Acho que três anos é mais do que o necessário para um jovem, que ainda está em formação, ficar fora da sociedade nesse período de reeducação”. Clique.

E na TV,durante uma entrevista ele esclarece que se o menor após a internação voltar para seu bairro pobre,naquela promiscuidade,ele voltará a delinquir... (palavras aproximadas,ouvi de passagem,não presto muita atenção às autoridades cara pálidas que jogam palavras ao vento) Oras,serão todos bandidos nos barros pobres? Isso é uma afronta aos que lá moram e trabalham duro como Dona Maria lavadeira,Seu José sapateiro,Lucineide do salgadinho,João comprador de ferro-velho,pessoas honestas que nunca pensaram em delinquir para seu sustento! Pobreza não conduz à delinquência,não precisamos de especialistas para descobrir o que leva um dimenor para o crime:falta de vergonha na cara,pais omissos,leis fracas,autoridades frouxas,vítimas carneirinhos. Me enoja ver qual balé exaustivamente ensaiado,aquele vídeo em que ao simples “oi gente”do marginalzinho,todos somem em uma fração de segundo debaixo das mesas,tal comédia pastelão!

Temos que trabalhar efetivamente com a família”! E todos balançam afirmativamente a cabeça e fica por isso mesmo. Ninguém para disparar um constrangedor como assim?! Expliquem em termos reais,concretos,práticos o que é isso! Vão sentar e conversar? Lágrimas rolarão,darão as mãos e dirão:tá vendo Anderçon Douglas,é feio roubar! É mãe,eu tô errado,nunca mais,vou estudar e ser médico! Se poucos rezarão o Pai Nosso,se muitos cantarão o Virandú Piranga.

Ah,dá um tempo! Parem com isso! Deixem de palavras ocas,diminuam para 16,15 anos a idade para a responsabilidade criminal como fazem os países do primeiro mundo. Nenhum sistema vai recuperar delinquente,a ocasião sempre fará o ladrão se esse não for um ser humano de primeira classe,cadeia neles,cana dura,sem saidinha para ver Papai Noel,dia dos Filhos da Mãe,etc. Trabalhos forçados e nas folgas formação técnica para os poucos que se voluntariarem para aí sim,efetivamente tentarem aprender alguma profissão para ganhar a vida honestamente quando saírem da jaula.

O resto é prosa mole;para as autoridades,sonho,para nós,a continuação do pesadelo.


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Fernando Pessoa & Egas Moniz:mexendo com as cabeças...



Hoje,13 de Junho é aniversário do grande,indiscutível Fernando Pessoa,124 anos,expressão máxima da Língua Portuguesa. Mas como dar o toque azedo do Blog,na sua linha de escárnio e maldizer,falando de um talento irretocável como Pessoa? Falando de Portugal,o pequeno gigante,que hoje anda meio cambaleante. Rima rica. Se no dia 13 nascia Fernando Pessoa,noutro 13 morreu Egas Moniz,o grande neurologista e cientista português,ganhador do Nobel de Medicina em 1949. É,Portugal tem um Nobel! Se bem que os familiares daqueles que foram expostos à descoberta de Egas Moniz tenham posteriormente tentado pegá-lo pelo pescoço e exigiam que fosse anulada a premiação.

Ambos,Pessoa e Moniz mexeram de forma irreversível com a cabeça dos que os conheceram,como leitores ou como pacientes. O primeiro,um magnífico filósofo disfarçado em poeta com sua obra que nos enleva,consola,faz companhia,explica nossas angústias,suaviza os momentos a dois;o segundo,mete a mão dentro do cérebro literalmente,foi o criador da leucotomia,popularmente conhecida como lobotomia,cirurgia com fins psiquiátricos em pacientes mais agitados,onde se isolava os lóbulos frontais,transformando o paciente num verdadeiro zumbi sem qualquer reação emocional. A técnica absurda foi banida uma década depois mas deixando suas vítimas por todo o mundo,a mais famosa delas Rosemary,irmã do presidente dos EUA John Kennedy,que aos 23 anos com a alegação do pai de que era rebelde,foi transformada num vegetal após a intervenção cirúrgica...

Portugal é assim,pão pão,queijo queijo,ou sim ou sopas. Mas ao dar ao mundo um homem como Fernando Pessoa,fica perdoado de todos seus males. E a lobotomia?
-O mundo é de quem não sente. A condição essencial para se ser um homem prático é a ausência de sensibilidade.(F. Pessoa)
Pois!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Arma de fogo individual:a única e efetiva defesa

Nossas cidades estão superpovoadas,as pessoas se espremem umas contra as outras nos transportes públicos,nas calçadas,nos edifícios,numa convivência forçada e irritante pois no reino animal,do qual fazemos parte,é do instinto marcar e defender seu território. Entre os humanos isso acontecia há centenas de anos mas a situação foi se deteriorando,somando à escalada do poder político,do Grande Leviatã,preocupado em manter as rédeas curtas para total domínio da população. O resultado é que caça e caçador,presa e predador convivem nos dias de hoje lado a lado até o mais forte sentir fome ou se sentir ameaçado...

As forças policiais por mais eficientes que sejam,não podem estar em todos os lugares,em todas as horas,daí resultando num trabalho de caça aos criminosos após o ato consumido,a porta arrombada,a vida levada sem retorno. Acrescente-se a isso a incompetência de nossos homens públicos,o cerceamento do trabalho policial em nome de teorias absurdas sobre supostas “vítimas da sociedade”que só beneficiam os agressores e uma incompreensível e inconstitucional ação do Estado em desarmar a população -atentando contra seu direito de defesa- ao mesmo tempo que nega uma proteção mais efetiva.

Só existe uma proteção realmente eficaz,que é aquela que se antecipa ao ato criminoso,que está pronta para inibir ou contra atacar de imediato:a arma individual que cada cidadão tem por direito natural portar como garras artificiais que o defenda contra os predadores em tempo real. Não abra mão da sua. Leis severas,viaturas policiais chegando em disparada e prisões não trazem inocentes mortos de volta à vida...


Dia dos Namorados:declaração de amor no Blog

Embora o Blog seja politicamente incorreto e despreze tais dias de cunho comercial,sinto que devo expressar meu amor,admiração incontestável e profundo agradecimento por aquela que há muito me acompanha,de forma discreta,praticamente desconhecida até pelos amigos. Sem nada pedir,sempre ao meu lado em silêncio mas que nas piores horas,nos momentos que dela precisei não falhou,soube se fazer ouvir bem alto em minha defesa,destemida. Há dois anos apenas que vergonhosamente,só após ser pressionado socialmente é que oficializei nossa união. Estaremos para sempre ligados e assumo como meus todos seus atos,eu e ela somos um par,indissolúvel. Não tenho pudor de declarar,eu a adoro apesar de sua idade,de sua necessidade de cuidados ocasionalmente embora nunca tenha exigido,de seu jeito às vezes explosivo de ser.
Caminharemos junto até que a morte nos separe e tenho certeza que ela nunca me trairá e por minha parte,nenhum vagabundo nela encostará as mãos,nenhuma lei,nenhuma autoridade nos separará!

Te amo minha arminha de fogo!







segunda-feira, 11 de junho de 2012

Idosa reage e mata marginal - a lição de uma cidadã de 86 anos

A notícia da reação bem sucedida de uma cidadã de 86 anos que em defesa de seu lar matou a tiros um marginal CLIQUE espalhou-se a contra gosto pela mídia,não deu para esconder. Nada tenho a acrescentar sobre esse ato em si que deveria ser a normal vitória do bem sobre o mal. Da coragem sobre a covardia. Do bom senso sobre a imbecilidade oficial. Do pleno exercício do direito de cidadão. Parabéns à senhora,que aos 86 anos,com seu gesto,agarra pelo colarinho e dá uma sacudida nos homens de hoje que de joelhos,entre lágrimas pedem clemência enquanto é roubado e sua mulher e filhas são abusadas em sua frente. E ao mesmo tempo dá uma arrasadora rasteira em nossas autoridades em sua sanha criminosa de coibir a posse e porte de armas,com exigências múltiplas de treinamento,exames psicológicos,balelas sobre reflexos,preparação física,tudo visando complicar e manter desarmada a população enquanto o criminoso porta,usa e mata sem licença,sem vergonha e sem medo de punição:

-Idade:86 anos
-Treinamento:nunca atirou anteriormente
-Condicionamento físico:artrite nas mãos,dificuldade para caminhar
-Estado de alerta:estava dormindo quando da invasão
-Ação de defesa:tiro certeiro no alvo maior(peito)
-Ação contínua:verificação do local de impacto,(perto do coração)alvo em movimento,mais dois tiros em sequência para imobilizar a ameaça

Algum especialista tem alguma crítica a fazer do procedimento? Algum jurista iluminado,sobre os dois tiros “a mais”? E para você desarmamentista,que “é da paz” que é ovelha,adepto do “não reagir nunca” e que não defende sua família por covardia o recado desta senhora é bem direto:você não merece ser chamado de homem,de macho protetor,de chefe de família,de pai. Você não passa de um M....

Ficou claro?


domingo, 10 de junho de 2012

Dia da Raça! Enquanto ainda houver lusíadas...

O grande poeta Luís Vaz de Camões que cantou as glórias de Portugal faleceu no dia 10 de Junho de 1580 e essa data foi consagrada como Dia de Camões e de Portugal até 1944 quando Salazar acrescentou Raça, que criou força depois dos trágicos eventos do início da década de 60 no norte de Angola com a eclosão do terrorismo. Passou a ser conhecido como Dia da Raça, onde se homenageava com propriedade a abnegação, o sacrifício da juventude portuguesa que derramava seu sangue em defesa das terras lusitanas em África e da própria Civilização Ocidental, ameaçada pela Cortina de Ferro. Nunca a designação “Raça” significou cor de pele como querem as esquerdas doentias, sempre teve como objetivo a aglutinação dos povos de qualquer cor ou origem, debaixo da bandeira portuguesa que representava uma permanência constante por séculos, formando uma só comunidade pacífica, a Raça Lusíada. E a insistência com que hoje ainda se mantém a cultura lusitana, através da língua, costumes, religião em vários países e enclaves espalhados por todas as partes do mundo comprovam que se rumava para um destino certo e comum.

Portugal de hoje, fraca imagem do que foi, perseguido pelas sombras dos milhares de mortos vítimas dos capitães de Abril, é apenas uma esperança dos verdadeiros patriotas que contam uma história que os governantes querem covardemente apagar. Quase um sonho impossível seu reerguer se continuar nas mãos atuais, uma utopia, uma quimera.




Quimera que nos seus dois sentidos, de animal mitológico e de objetivo utópico, se uniram inadvertidamente na foto acima ao brindar ao lado de nossa bandeira, já que não podia fazê-lo ao lado de meus irmãos em armas do outro lado do Atlântico. Só depois notei a mensagem que ficou dos tristes tempos que ora correm: "do topo de atrevidos mastros que desafiavam os oceanos" agora a bandeira das cinco quinas repousa nas asas de uma quimera, de uma utopia...

Cabe a nós todos o dever -e o direto- de fazê-la retornar ao alto dos atrevidos mastros da História.





sábado, 9 de junho de 2012

Literatura:As Marias invisíveis no nosso cotidiano

O meu conto Maria da Silva -apenas um retrato do cotidiano,está longe de ser um sucesso de vendas na Amazon com razão,pois os leitores fogem da tristeza e querem algo para distraí-los,não para deixá-los depressivos! Mas a verdade está estampada nele sem disfarces e sabemos que ela nos cerca mas a tornamos invisível,como auto proteção. Agora que o texto voltou a ser oferecido para download grátis,não ficarei constrangido em recomendá-lo. Tenho pensado nisso porque uma velha e boa amiga,honesta,cristã,com bons princípios,leu integralmente suas rápidas 84 páginas e as achou absurdas:isso não mais acontece,ninguém mais passa fome,as coisas não são assim,com tudo dando errado do princípio ao fim! Fiquei boquiaberto com sua capacidade de tornar invisível a tragédia humana ao seu redor e deixo aos leitores do Blog o veredito... Abaixo o prefácio,que explica porque saí tanto de meu estilo e assunto.
O conto Maria da Silva simplesmente invadiu minha mente sem pedir licença,sem rodeios ou belas frases. Não é uma bela história...Durante onze dias,dezenas de folhas preenchidas,sem que soubesse o que aconteceria no dia seguinte. Envolvi-me,tinha esperanças,torcia por Maria,a personagem. Fiquei feliz no dia que encontrou outra Maria. Embora as linhas saíssem de minha caneta eu não conseguia mudar ao meu modo,de acordo com as normais e humanas esperanças de final feliz e muitas vezes as lágrimas correram abundantes após a página terminada,com inesperados e brutais acontecimentos. A mão simplesmente deslizava sobre o papel e minha mente não podia intervir,como se tivesse captado algo solto pelo ar que se alojou em meu cérebro e estava sendo expelido como corpo estranho,porque os pensamentos,a vivência,não eram meus. Surpreendi-me com o que escrevi sobre lixo comestível,algo que nunca me passara pela cabeça,nunca experimentara tais situações para que pudesse descrevê-las como um expert.
Não tive tempo de pesquisar nos onze dias que se passaram;ia dormir pensando no que aconteceria pela manhã,como se o drama transcorresse defronte minha casa. Acordava e descia à biblioteca para ver,no papel,o que minha mão iria contar. E aqui está a história completa. Um texto vindo de um espaço outro que o Céu ou Inferno. Diria um lugar de inimigos do Diabo mas dissidentes de Deus,velho ditador contestado com firmeza. Sinto que a obra não é minha,sou apenas o apresentador da mensagem de Maria da Silva. Acredito que se alguns leitores após conhecê-la mudarem,que seja apenas a expressão do olhar para os catadores de lixo – que garimpam o desprezado,não esmolam - a missão a mim confiada pelo acaso terá sido cumprida...

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Ditadura Petista:A mão que afaga o companheiro Evo Morales mata cadete da FAB

O helicóptero Bell 205 em sua versão militar H-1H Iroquois,que ficou conhecido em todo mundo pela sua atuação na guerra do Vietnã e continua após décadas a ser usado em todo mundo por militares e civis é uma máquina robusta que pode ser revitalizada e continuar trabalhando por muito tempo. Mas não para o atual governo brasileiro que apesar da penúria de equipamentos de suas Forças Armadas em plena fase de desmoralização,resolveu doar quatro dessas aeronaves compradas com o dinheiro do povo ao plantador de coca Evo Morales para uso da Força Aérea Boliviana. A mesma Bolívia que regulariza milhares de carros roubados no Brasil,que faz do nosso país um entreposto de sua exportação de droga,que invade instalações da Petrobras.
 
Terça-feira passada,5 de Junho,num Senado vazio,Marta Suplicy leu rapidamente o projeto da Presidência da República autorizando a doação e o deu como aprovado,pois no plenário havia apenas 5 senadores que não se manifestaram nem estavam preocupados com o que se passava. (Clique)




Toda essa liberalidade em relação à Bolívia e a preocupação com o equipamento de sua Força Aérea,ocorreu exatamente no dia do enterro do nosso Cadete Aviador André Rodrigues Silva,de 22 anos,morto na segunda-feira,4, quando se preparava para decolar na Academia da Força Aérea em Pirassununga em um Tucano T-27. (Clique) O assento ejetável foi acionado por motivo a ser esclarecido e lançou o cadete a cerca de 15 metros de altura,atingindo o solo sem abertura do paraquedas. Por que não abriu? Porque esta cadeira ejetável não é “zero/zero”ou seja,não é efetiva se a aeronave estiver sem velocidade e à baixa altura ou no chão. E porque a aeronave não estava equipada com a cadeira “zero/zero”que salvaria a vida do jovem brasileiro,que se dedicou ao serviço da pátria e estava em seu último ano para a formação de oficial da Força Aérea Brasileira? Porque é um modelo muito mais caro. Mas nada que o dinheiro dos helicópteros H-1H,se vendidos,não pudesse pagar...


quinta-feira, 7 de junho de 2012

A favelização de Brasília sob a mira da Unesco

Os consultores da Unesco que estiveram por quatro dias na capital federal detalharam uma série de irregularidades neste Patrimônio Cultural da Humanidade,título pomposo conquistado pela Toca da Corrupção.
Os moços da Unesco alertaram para descoordenação entre o governo da capital e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,áreas verdes no amarelo,construções irregulares,abandono,desinteresse em conservação. Escreveram tudo na prancheta,assinaram,carimbaram,compraram umas lembrancinhas de índios,algumas coisinhas tipo fui à Brasília,lembrei-me de você e foram embora,prometendo voltar em dois anos. Por sua vez a Secretaria de Habitação do Distrito Federal declarou (clique) que já está adotando medidas em todas as áreas da administração pública para regularizar os pontos observados pela Unesco como a prática e contundente ação de declarar 2012 como o Ano de Valorização de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade. Assinado e carimbado. Pronto,todo mundo feliz,mãos lavadas e vamos ao whisky com gelo que ninguém é de ferro...

O retrato de Brasília pintado pelos mocinhos da Unesco é a fotografia 3x4 sem retoques do próprio Brasil:ocupação desordenada,desinteresse,falta de conservação e manutenção da infraestrutura,órgãos públicos sem coordenação entre si,medidas pífias para remendar e nunca para prevenir,ação apenas sobre pressão e geralmente com medidas de propaganda para mostrar serviço que não dão em nada,confiando no esquecimento. O país apodrece debaixo de uma pintura às pressas sempre que há uma crítica,uma passada de cal branca no meio-fio na hora do desfile.

A Era Lula deixará sequelas que se um dia voltarmos a ter um regime democrático,com governantes alfabetizados e honestos,praticamente terão de começar do zero,pois a infraestrutura do país caminha para um ponto que não haverá mais conserto,não há atualmente governo e sim um contínuo saquear,um descontrole de órgãos públicos inertes chefiados por apadrinhados políticos sem formação e sem noção,cujo único fito é se dar bem e que se dane o resto. Não é Brasília que está sendo favelizada,é o próprio Brasil. A capital federal não necessita da intervenção da Unesco,necessita,para o bem do país,da intervenção das Forças Armadas,da instalação de uma gigantesca UPP que expulse os criminosos do poder,elimine os traficantes de cargos,os saqueadores das instituições,os estupradores da Constituição e promova a reurbanização da Pátria favelizada...


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Angola:o bombardeio à Rádio Clube de Luanda pela FNLA

Angola,Ambriz,1975. Prédio do Staff dos Comandos Especiais:
- Pedro,tens alguma experiência em bombardeio? -pergunta-me o major,já noite adentro,mapas sobre a mesa.
- Ataque ao solo sim, por quê?
- Vamos fazer mais uma missão das suas

O objetivo seria a Rádio Clube de Luanda, que com sua cantilena de chavões marxistas enchia os ares com mentiras sobre a evolução da guerra. Até a data ainda não reconheciam a queda de Caxito e o povo ignorava que estávamos à 24 quilômetros da Capital! Eu cuidaria do lançamento das bombas em si enquanto Rebelo, um dinâmico e eficiente piloto civil cuidaria do avião, um Cessna 180. As bombas foram confeccionadas na mesma noite e eram dois sacos de estopa com 50 quilos de explosivos plástico,25 quilos cada um. O cordão detonante saía da boca dos sacos em dupla fiação e tinha nas pontas detonadores e cordão lento com iniciadores de tração (puxa-acende). Com o pessoal do major André,especialistas em explosivos,testei cordões semelhantes para ficar com a noção do tempo que teria, 15 segundos apenas,e fui dormir,aproveitar o resto da noite. A missão estava marcada para o nascer do dia e às 07:00 h em ponto deveríamos estar mandando o prédio retransmissor pelos ares.

Quando pela manhã cheguei ao aeroporto, Rebelo já lá estava, a porta do Cessna havia sido retirada bem como as cadeiras, ficando só a do piloto. Colocamos os pesados sacos no espaço deixado pela cadeira da frente,sem os detonadores por precaução. Os ligaria no momento e para isso levava grudadas em minha jaqueta camuflada tiras de fita isolante. Vestindo um arnês de paraquedas, amarrei-o com uma corda de nylon ao interior do avião; se perdesse o equilíbrio, ficaria dependurado. Não esquecera também a pistola automática e uma AK-47 para o caso de sermos derrubados em território inimigo. Decolamos e entramos pelo mar adentro sem ganhar muita altura. No ADF (instrumento de rádio navegação) sintonizamos a emissora inimiga, e o ponteiro indicador nos levaria até precisamente acima da antena do alvo mesmo às cegas, se o tempo estivesse fechado. Mas o dia amanhecera claro e bonito e rasando as águas azuis do oceano, ouvíamos um programa que logo se calaria. Um belo hino foi retransmitido e sob seus acordes e as vozes de um magnífico coral, Luanda surgiu no nosso horizonte. Senti-me arrepiar…

Cuidadosamente comecei a montar os detonadores, ajoelhado ao lado dos sacos, com o vento fustigando minha face e orelhas geladas. Testei minhas amarras e esperei. Via a cidade, eram quase sete horas e em momentos algo se transformaria, algo aconteceria que seus habitantes não podiam prever. Sensação estranha, a de saber que uma coisa mortal, perigosa vai acontecer,porque fazemos parte dela,somos por instantes a mão do destino… Em pleno dia, entramos pela cidade voando a poucos metros acima das cabeças dos soldados inimigos. Tudo passava abaixo de nós, numa sucessão de casas, quartéis, viaturas e pessoas. Rebelo grita:

- Alvo à vista, logo à frente! – e aponta para um prédio térreo, com várias antenas à sua volta.

Peço-lhe que desça mais e assim o faz. Coloco meus pés em um dos sacos e com as mãos agarro os iniciadores de queima. Agora veremos se os explosivos caem mesmo ou se ficarão presos ao estribo ou no montante das asas como temíamos… Rebelo, com os pedais, ajeita o avião para que passe bem acima do telhado, sem fazer manobras bruscas. Calculo a distância, grito que mantenha a linha reta e puxo os cabos dos iniciadores. As fagulhas saem do cordão lento, já não tenho 15, mas 14, 13, 12 segundos, o tempo escoa mas espero, pois acho que cairá antes. Quando minha conta mental passa pelos 10 segundos empurro com toda força das pernas o pesado fardo.

Ufa! Na hora. Creio que nem chegou ao chão, explodiu, lançando nosso avião para cima com sua onda expansiva. Rebelo agarra-se ao manche e recupera o controle,momentaneamente perdido e lá no solo uma nuvem de fumaça cobre um terço do prédio. Nosso rádio deixa de receber o som da emissora, conseguimos calar-lhe a boca! Ainda temos outra “bomba”, peço-lhe que ganhe mais altura para não sermos novamente apanhados pela fôrça da explosão e lanço-a, desta vez aproveitando os 15 segundos integralmente,sem riscos. Vejo-a cair e com o busto para fora da porta, tento fotografar o momento da detonação,uma grande bola de fogo que explode,não no edifício mas numa das torres.

- Vamos embora, para casa! E o Cessna 180 mergulha mais ainda,colando-se às ondas do mar.


Em Ambriz, os comandos que sabiam de antemão do golpe escutavam a Rádio Clube. Às sete em ponto a mesma cessou bruscamente de emitir, provocando uma onda eufórica de vivas no quartel. Com as pernas dependuradas para fora do avião, sobrevoei a cidade,respondendo aos acenos dos colegas que não sabiam se voltaríamos ilesos. Do aeroporto fui direto à casa de Holden Roberto, onde lhe pediram que sintonizasse a rádio inimiga. Não conseguiu e então lhe deram a “notícia. Ficou realmente contente, me abraçou, parabenizando toda a equipe da missão. Durante a noite a rádio Moscou protestou rudemente contra a “escalada da guerra através do uso de aviões para bombardear Luanda”,enquanto que a Rádio Clube,transmitindo através de equipamentos da Emissora Católica,menos potentes que os destruídos,não convencia com a explicação de que “… pela manhã de hoje os habitantes da cidade foram despertados por violentas explosões provocadas por botijões de gásporém sem danos a lamentar”,etc,e passou, na manhã seguinte a colocar no ar avisos que “os lacaios do imperialismo internacional tentaram calar a voz do povo” e ameaças do Estado Maior das FAPLA, que qualquer aeronave sobrevoando Luanda sem autorização seria “implacavelmente abatida”…

Mas nesta mesma data,à noite,voltei à capital com Rebelo e juntos lançamos panfletos sobre o centro da cidade notificando o desenvolvimento da guerra e não sofremos um tiro sequer! Ainda faríamos outras missões,noturnas e diurnas,inclusive passando por entre os mastros dos navios ancorados no porto,lançando panfletos e sempre enganando as FAPLA,vindo do mar ou do sul e o único avião abatido foi do próprio MPLA, por engano...



Do livro"A Opção Pela Espada"





A Filosofia versus o Grande Teatro da Sociedade



No presente,os habitantes dos países ditos evoluídos são os que mais necessitam de implementos & complementos para a sobrevivência - a mesma sobrevivência precária dos outros seres inferiores do planeta- resultando no ápice do sucesso dos donos da Grande Manada,o ideal de consumo para todos os demais subdesenvolvidos. A transformação comercial do inútil em imprescindível ficou clara na guerra do Vietnã,onde a diferença de equipamento individual mínimo entre contendores era extrema,sendo que o equilíbrio de forças demonstrado durante os combates expunha o supérfluo dos americanos.

Desviados para a armadilha dos fáceis atalhos desde o nascimento,torna-se difícil retornar à bifurcação dos filósofos em busca da verdadeira qualidade de vida. Convide representantes de diferentes povos e raças para uma simples pescaria:uns trarão o conhecimento de conseguir uma boa isca,escolher o lugar certo;outros,improvisarão;mas outros trarão uma parafernália de equipamentos,inclusive eletrônicos e o resultado geral será praticamente igual. As inutilidades imprescindíveis por sua vez demandam uma série de apoios,provocando quase sempre uma cadeia de problemas a partir de uma simples pane. E nada que se conserte em casa,muito menos no campo e se assim o for será apenas trocas de componentes,gerando mais lucro e dependência das indústrias,que de troca em troca acabam vendendo o mesmo equipamento várias vezes ao mesmo consumidor. Mas o precário e inábil homem moderno já nada consegue realizar sem seus membros e cérebros eletrônicos,escravo voluntário,movido e dependente de pilhas,baterias,energia elétrica,combustível.

No perseguir de um mesmo objetivo,seres humanos trilham por caminhos diversos e quase sempre o tido como mais evoluído é o que mais necessita de ajuda externa para consegui-lo. Porque só é considerado como progresso,o material,não o mental e este só desabrocha com o indivíduo se mantendo afastado do chamado desenvolvimento,eufemismo dado ao comboiar das vítimas para os currais. Quando só,em situações extremas cada vez mais comuns no planeta Terra, quem tem o poder da mente estará equipado,o evoluído estará perdido sem seus apoios extra corpo.

O desenvolvimento material adquirido pelo homem em detrimento do cérebro não lhe deu uma sobrevivência superior aos outros animais,criando em verdade mais chances para ser destruído,explorado. Colocando-se então, despido de tudo o que foi conseguido inutilmente,par a par com os outros seres viventes do planeta,restará um diferencial,o cérebro. E se o caminho material mostrou-se errado,a meta deverá ser o uso do cérebro para a filosofia,o descobrir-se para melhor viver e conviver ou seja, simplificar para evoluir,retornar para progredir, recusar para ganhar... Tentar perceber ações que são simples passagens da torrente e isto diz respeito à modismos,tendências,opiniões globais,diretrizes políticas e sociais.



Verá a inutilidade,o vazio,a superficialidade de tudo. Não há vida humana própria no planeta Terra. Todos participam de uma encenação: O Grande Teatro da Sociedade.



Adaptado de "O Infinito Não Tem Pressa"




sexta-feira, 1 de junho de 2012

Policiais brasileiros:guerreiros da renúncia

Em guerra,seja ela no campo de batalha convencional seja nas ruas violentas de um Brasil onde se produzem mais vítimas anualmente que nas 10 guerras atuais mais importantes no planeta,na frente de combate está o guerreiro profissional que optou por um vida de sacrifício e namoro constante com a morte. Há pouco conversava com um colega veterano de guerra sobre nossas peripécias,vividas com emoção,na busca de Honra e Glória com o destemor de uma juventude certa da imortalidade. Tínhamos nossas recompensas claras,conquistávamos o respeito perante nossos pares e junto às populações civis. Éramos saudados,agraciados,condecorados...

Localizado o inimigo ou por ele surpreendido,nossa tarefa era simples:eliminá-lo ou ser eliminado,conquistar a posição ou abandoná-la. E para isso usávamos todos os meios disponíveis e com exceção de casos especiais,sem se preocupar em preservar instalações ou pessoas. Metia-se bala e pronto. Explodia-se e pronto. Batia-se em retirada,abandonava-se equipamento em troca da vida e se buscava o posterior reagrupamento para a desforra. Mas vencendo,conquistando o terreno,nada nos impedia de cantar a vitória,extravasar a euforia,erguer nossa G-3,FN,Kalasch acima da cabeça e gritar,bradar a destruição do inimigo. E as mensagens de Honra e Glória se espalhavam,as lendas cresciam,o espírito de Corpo ficava mais forte,o orgulho,o sentimento de conquista,de dever cumprido nos envolvia.

Tudo isso me levou a meditar sobre os nossos equivalentes em tempos de suposta paz,os policiais civis ou militares e sua difícil missão,ingrata,incompreendida,estéril em reconhecimento,fraca em equipamento,em constante embate contra um inimigo desregrado,sanguinário,covarde... O policial brasileiro,este guerreiro que repete nossas batalhas diariamente,em combate próximo,imediato,muitas vezes corpo a corpo,quase sempre em terreno traiçoeiro,com armamento inferior ao inimigo e que atacando ou atacado tem que pensar antes de puxar o gatilho,escolher cuidadosamente o alvo,contar os disparos,evitar atingir instalações e transeuntes e depois,se sobreviver,vai para casa cuidar da família,como se estivesse passado o dia em uma fábrica ou detrás de um balcão de loja e recomeçar no dia seguinte. Sem reconhecimento,quase sempre criticado,apupado,agredido pela própria população a quem serve,sujeito à poucas condecorações ou aclamações mas a muitos processos,expulsão,prisão,perda do emprego,mídia perversa,sensacionalista a persegui-lo,famigerados defensores dos Direitos Humanos sempre nos calcanhares e pobre do guerreiro urbano que,com a naturalidade humana,soltar um brado de vitória perante o inimigo morto! Estará sujeito à execração pública,a um linchamento moral.

A esses colegas com farda ou paisanos devemos o respeito porque como rivais em namoro com a Morte,somos sabedores que eles têm mais chance de se casarem com ela. Sem a mortalha da Glória reconhecida,sem o indicativo de coragem ímpar assinaladas pelas medalhas no peito,sem uma frase em sua honra que não seja uma nota de confronto na página de notícias policiais...


Lula no Ratinho:o roer da democracia

Sobre o palanque dos ratos de ontem no SBT,deixei para comentar à parte,em destaque,o que se passou em alguns segundos cuidadosamente ensaiados e cronometrados numa encenação vergonhosa e que demostra todo o desprezo ao cidadão brasileiro,à honestidade,à Justiça:o caso da tentativa de aplicar ao Ministro Gilmar Mendes,do Supremo tribunal Federal,o tratamento corriqueiro da Era Lula,o de pressionar,subornar,chantagear,ameaçar homens e instituições,na tentativa de atrasar e sabotar o julgamento do Mensalão e que foi assim expressado por um dos ministros do STF:a conduta do ex-presidente da República, se confirmada, constituirá lamentável expressão de grave desconhecimento das instituições republicanas e de seu regular funcionamento no âmbito do Estado Democrático de Direito.

Diria que é mais grave ainda,pois de desconhecimento não se trata e sim de um ataque direto,consciente do dolo contra um alvo bem conhecido,a democracia,que aos poucos vem sendo solapada aos olhos de todos. Assim é o agir da Grande Quadrilha.

Esse episódio gravíssimo da maneira que foi tratado no programa do rato menor revela claramente a tática:confiar na estupidez bovina do povo,na condescendência da mídia,na anuência dos intelectuais e formadores de opinião e apostar no esquecimento pelo passar do tempo,exatamente como estão fazendo com os numerosos escândalos do desgoverno petista incluindo o próprio Mensalão. Faltando um minuto para o programa encerrar,cuidadosamente descontraído e como se falasse de futebol,de assunto sem importância,Ratinho comenta:“Eu nem ia perguntar sobre essa história do Gilmar Mendes porque o povão não entende muito” seguido da resposta no mesmo tom do rato maior:"Não tenho interesse em falar nisso. Quem inventou que prove a história. Quem acreditou nela que continue provando. O tempo se encarrega de arrumar as coisas".

Descaradamente diminuíram o grave atentado à democracia a um assunto corriqueiro,fofoca e não é a justiça que deve tratar disso,é intriga de moleques e quem inventou que prove,enquanto o tempo vai jogando no esquecimento! Dobra assim o desrespeito à mais alta corte de justiça do país,ignorando o posicionamento dos ministros,tudo isso em segundos,com ares de deixa pra lá,besteira,vamos tomar uma cerveja... Missão cumprida,escândalo contornado,povão feliz:ah,aquele negócio do ministro é armação,o Lula e o Ratinho nem ligaram,se fosse importante teriam falado mais para o nosso Paizão se defender...

BRASIL,UM PAÍS DE TODOS!
(canalhas,vadios,corruptos,ladrões,terroristas nacionais e estrangeiros,traficantes,mentirosos,vigaristas,etc,etc,etc...)




No programa do Ratinho,Lula,o Ratão,prepara sua volta

O Grande Timoneiro Inácio começa a preparar sua volta após o mandato tampão de Dilma,subterfúgio usado para driblar a legislação e mascarar a cara lavada da ditadura petista e seu reino de corrupção. O palanque foi escolhido a dedo para atingir sua manada de eleitores,o programa do Ratinho do SBT,a Emissora do Rabo Preso.
Sempre ficou claro que Dona Dilma foi incumbida de apenas não deixar a cadeira do poder esfriar e o único patético capricho que a deixaram realizar foi de atropelar a Língua Portuguesa em nome de seu machismo cor de rosa e exigir que fosse chamada oficialmente de “presidenta”... Mas as ordens foram claras;senta a bunda aí,faz o que já está escrito,no meio do mandato declare-se cansada e que ficará feliz com o dever cumprido e que não se candidatará à reeleição para se dedicar à família. Aí,Inácio,a reencarnação de Padre Cícero,apresenta-se para o sacrifício lamentando mas disposto a manter a democracia no país. E dentro da lei somará mais uns oito anos,enquanto estudam a mudança da legislação,à moda de Hugo Chavez. Façam as contas e verão que nessa farsa e aproveitando que o voto da massa parasita alimentada pelos vales tem o mesmo valor quanto um minoritário,letrado e consciente cidadão de bem -que nunca votaria num petista- logo ultrapassarão o tempo de permanência do governo militar,chamada de ditadura... É interessante que a mídia não vê nenhuma semelhança entre a “democracia” petista e a ditadura na Venezuela! A única diferença é que por aqui criaram o mandato tampão,até para ajudar as frouxas lideranças militares de hoje,soldadinhos de papel,a terem uma desculpa para sua inércia e cumplicidade ao abandonar sua função de defender a pátria da destruição.
Ontem,quinta-feira,do palanque televisivo o Grande Timoneiro Inácio começou a abrir o jogo preparatório para sua volta ao poder,lugar de onde nunca saiu e declarou:A única hipótese de eu voltar a me candidatar é se ela (Dona Dilma,o fantoche)não quiser. Não vou permitir que um tucano volte a presidir o Brasil”. Clique. Curto e grosso:não vou permitir, não se trata de respeitar o resultado mesmo fraudado das urnas ou de respeitar a defunta democracia,trata-se de uma vontade ditatorial a ser cumprida,quero assim e mando assim,por direito basta a minha vontade! Ratos podem,tucano não!

E ainda temos o providencial câncer na garganta -devido ao álcool e fumo em excesso- que veio mesmo a calhar para emocionar e conquistar o obtuso eleitor,o mesmo tipo humanoide que assiste ao programa do Ratinho. Segundo o ex-presidente,ele tem dificuldade para falar,engolir e”está com a garganta estourada
Não falar,senhor Inácio da Silva,seria uma benção para nossos ouvidos,dificuldade para engolir estamos todos tendo com as falcatruas que nos empurram goela abaixo e estourado,com perdão da palavra,está o saco do cidadão de bem que trabalha,produz e não vê retorno algum de seus impostos que se esvaem nos ralos da corrupção desenfreada!