quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Lula e Dilma – um no cravo outro na ferradura...


A diferença nos estilos é gritante,eu diria exagerada em tentar em mostrar que não há uma ditadura petista cuja troca de presidentes é apenas decorativa,que é outro governo. Com Marco Aurélio Garcia de assessor internacional? O Brasil ainda é o país que fica ruminando o período militar,mas namora,agora dissimuladamente os mais grotescos ditadores do mundo,como caquético Fidel,Ahmadinejad,o louco,Chavez,o ridículo e perigoso Chapolin Colorado Bolivariano...A quadrilha continua,nos bastidores as mesmas sombras de Dirceu e companhia. O resto é retórica.
O povão,a grande massa,feliz,alimentada por vales disto e daquilo,estes sim de continuidade declarada,garantia dada na troca do voto. Por quê mudariam e se arriscariam em perder os 50 merréis no fim do mês?
O centro e a direita posam de políticos inteligentes,mas a esquerda tosca foi brilhante,comprou votos com o próprio dinheiro do povo através dos vales e está se perpetuando no poder sustentado pela massa que gera eleitores às dúzias. Mais filhos,mais vale alimentação,vale escola,vale votos...
E essa aparente mudança de estilos? É apenas a velha técnica de tortura para conseguir a confiança dos prisioneiros e subjugá-los e que devem ter aprendido nos cursinhos de subversão em Cuba ,Argélia,Rússia e outros paraísos terroristas que frequentavam nas décadas de 60 e 70:as trocas intercaladas de interrogadores maus e bonzinhos. Um no cravo,outro na ferradura. Para eleitores quadrúpedes,tudo bem...

Os terremotos de Christchurch e Salisbury

Não faço turismo e as viagens de trabalho eram feitas estoicamente,sem apreciar com maior profundidade belezas naturais ou traços culturais,simplesmente passava a fazer parte do ambiente sem maiores deslumbramentos ou repulsas. Com Nova Zelândia foi diferente e com Christchurch foi amor à primeira vista. Em tudo me recordava Salisbury,a capital rodesiana. Na ilha sul,com cerca de 400.000 habitantes,a cidadezinha é um jardim inglês bem cuidado,limpíssima,organizada,um povo gentil,bonito,simpático. Lá fiquei na residência do veterano da 2ª Guerra Mundial,Mr Morris,do Real Corpo de Engenheiros do Exército da Nova Zelândia. Lutou no Egito,sendo expulso por Rommel para a Ilha de Chipre e depois participou da invasão da Itália.
-Mr Morris,vocês gostavam daqueles capacetes ingleses que mais parecem um prato raso? Protegia alguma coisa?
Mr Morris aponta seu pescoço e mostra uma grande cicatriz de estilhaço de uma granada alemã:
-Se estivesse usando um capacete alemão isso não aconteceria...
A teimosia inglesa sobrepondo-se à tecnologia fora responsável por muitas baixas e uma birra em especial,custou 1/3 do Corpo Expedicionário da Austrália e Nova Zelândia(ANZAC)no combate do Estreito de Dardanelos,mais precisamente no desembarque de Gallipoli,na Turquia,durante a WWI.
O Lord do Almirantado,Winston Churchill com sua insistência acabou atolando os aliados numa praia por meses,barrados pela eficiência do comandante inimigo,Mustafá Kamal,que mais tarde como Ataturk,seria o primeiro presidente da República Turca. Derrota ou não,o combate fortaleceu os laços de Austrália e Nova Zelândia e o orgulho dos combatentes. O ANZAC day comemorado no dia do desembarque,25 de Abril,é a grande festa nacional de ambos os países. E nas paradas militares,com honra ,glória e muita emoção para nós veteranos,tremula também a bandeira verde e branca da Rhodésia,levada por seus ex-combatentes,aos quais é concedido este direito. Identidades culturais,raciais e geográficas transformaram os dois países irmãos em destino natural da diáspora rodesiana pós independência daquele país africano,que era rico, próspero e hoje é um dos mais pobres do planeta.
Christchurch e sua gêmea Salisbury,ambas cidades de sonho,belas,gentís,foram arrasadas por terremotos. Christchurch transformou-se,ontem, em ruínas; Salisbury em uma suja e destruida Harare e seu terremoto chama-se Robert Mugabe...