Alguns leitores e amigos que me acompanham desde o início do Blog,16 meses atrás, estranharam minha perda de velocidade no que diz respeito aos textos sobre o Brasil e sua política. Já comentara anteriormente que estava perdendo a capacidade de indignar-me. E é isso o que sinto, impotência cidadã, posso escutar as gargalhadas regadas com vinhos caríssimos e charutos cubanos quando critico os canalhas, ladrões, corruptos conhecidos sob a alcunha de “políticos”que sugam nosso país, destroem socialmente,moralmente ou simplesmente mandam matar seus inimigos;que em nefasta metástase atingem todos os pontos onde podem arrecadar mais dinheiro ou poder; que se divertem em assistir a grande massa estúpida os idolatrar em troca de tostões e leis populistas, paternalistas,instigadoras da indolência perniciosa que enfraquece a nação e mina qualquer reação dos poucos cidadãos que ainda se atrevem a resistir.
Confiando na ignorância crescente da plebe rude competentemente adestrada pelo MEC e a mídia televisiva, os marginais que hoje nos dominam vestiram a armadura de defensores da democracia ao construírem um monstro perigoso, ameaçador, vindo das trevas do passado a que chamam de “Ditadura Militar” que pode a qualquer momento voltar, prender e torturar... Tal qual as ditaduras africanas que até hoje culpam os colonialistas pelo seu fracasso administrativo e para encobrir seus crimes. Ao povo cretino não interessa indagar como é que o tal monstro foi embora; teria sido enxotado pelo Grande Cruzado Inácio da Silva, o Trabalhador? Ou, uma vez afastado o perigo da verdadeira ditadura marxista que traidores queriam instalar no país, os militares -mesmo plenos de força- promoveram a anistia irrestrita e em ordem retornaram aos quarteis?
Por que todos se indignam, gritam, leem detalhadamente as notícias sobre escândalos absurdos, descarados,roubos à luz do dia, falcatruas e violências que fazem dos gangsters de Chicago simples trombadinhas, se tudo termina em nada? Se a quadrilha no poder domina com dinheiro ou o chicote todas as nossa Instituições que deveriam primar pela severidade, pela honestidade de seus atos? Por que todos acreditam que temos “políticos de oposição”, se as caras são as mesmas e apenas se mantém como opositores para receber um suborno mais polpudo? O Brasil de hoje lembra os tempos finais de ditaduras de repúblicas de bananas, totalmente entregue à desordem institucional, à corrupção sem freio e aberta, à imoralidade, à violência nas ruas, à impunidade, num descaramento que busca aproveitar sofregamente os minutos finais antes da derrubada pela força. Com uma importante diferença: aqui não há uma raça uniforme que possa pensar também de forma uniforme e se rebelar, neste porto de piratas é cada um por si; não temos mais suficientes oficiais generais com vergonha na cara, sentimento pátrio e sobretudo coragem, temos apenas homens desrespeitosamente fantasiados com a gloriosa farda, servis à sodômica Brasília. Não somos povo. Não somos País. Falimos. Afinal, meu caro D. Pedro, os aventureiros conseguiram lançar mão...