sexta-feira, 18 de julho de 2014

Voo MH17 da Malaysia: nenhum crime dos combatentes


A mídia abutre, os políticos e os “especialistas” que sempre aparecem nestas horas já estão falando em crime e procurando os autores do disparo de míssil que derrubou o Boeing 777 da Malaysia Airlines (clique) matando seus 298 passageiros. Estão procurando no lugar errado. Há meses que o conflito regional cresceu passando de escaramuças para combate convencional incluindo o abate de aeronaves. É área de conflito, não deve ser sobrevoada por aviões civis e as agências internacionais e as companhias aéreas sabem disso e conhecem as normas. Mas rotas minuciosamente estudadas em termos econômicos diminuem a margem de lucros se desviadas e todos os órgãos civis envolvidos ignoram o alerta vermelho. Combatentes, homens em guerra, agem rápido, de seus reflexos, nível de treinamento e tempo de resposta às ameaças dependem suas vidas e a manutenção da posição que ocupam e ninguém sai em meio a um combate para ir comprar pão na esquina. Mas as companhias aéreas de todo mundo teimam em atravessar territórios em guerra, confiando que a tecnologia, nem sempre presente vá identificar um avião civil. Essa inconsequência derrubou o voo MH17. Busquem os culpados nas agências internacionais de tráfego aéreo e na Malaysia Airlines e não no campo de batalha, lá não pode haver sensibilidade ou titubeio.