quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Lixo hospitalar:conheça os Lençóis Pernambucanos



Não,não,Lençóis Maranhenses é outra coisa! Estou falando dos lençóis de hospitais americanos,com tufos de cabelo,manchas de sangue,esparadrapos e uma ou outra seringa perdida no meio,lixo hospitalar comprado por nós,brasileiros. É,comprado por nós,não adianta dizer que “foi em Pernambuco”,como se não tivéssemos nada com isso... Dona Dilma desfilando pelo mundo com o nariz empinado e querendo dar conselhos aos civilizados e aqui em seus domínios,hotéis orgulhosamente exibindo em suas camas lençóis com a grife Healthcare Services ! Coisa de aborígenes. Sem contar que quando enfiamos a mão no bolso de nossas calças chiques podemos estar acariciando o tecido onde repousou uma fatia de fígado gringo ou melecas outras,porque neste Brasil soberano temos o “Império do Forro de Bolso” firma que usa o lixo hospitalar para confeccionar e distribuir seu produto para vários estados. A fórmula da elegância brasileira:um barracão no fundo do quintal,duas dúzias de escravos bolivianos e lixo hospitalar americano. É a globalização da moda!

Sem alarmismos,quando pronto para consumo o lixo hospitalar não oferece riscos para ninguém,mas na origem,na tal criminosa empresa em Pernambuco,os trabalhadores foram expostos à contaminação manuseando o material sem qualquer proteção. A punição aos responsáveis tem que ser pesada,pois não há como descartar o dolo em tais compras. Mas já estão querendo jogar a culpa deste comércio vergonhoso e constrangedor perante o mundo para as autoridades americanas,o que me faz lembrar,segundo uma lenda sem comprovação mas saborosa,de um presidente paraguaio respondendo às críticas de que seu país,exportador de falsificações para o Brasil era “vigarista”:só existe país vigarista se houver país otário...




Atualização em 21/10 - Opções da moda:caso prefira tecidos de lixo hospitalar português,também se encontram a disposição do consumidor brasileiro, clique aqui.
Para pensar:se é tão lucrativo que compensa importar,estaria o nosso lixo hospitalar tão precioso sendo realmente descartado?