Sempre que alguma autoridade resolve responder com sinceridade alguma pergunta indiscreta de jornalistas,os mesmos jornalistas se mostram espantados e o público vai atrás dessa indignação simulada. Leon Panetta,diretor da CIA,em entrevista à NBC,rede americana de TV admitiu o que todo mundo sabe,que foram usadas técnicas de tortura para obtenção de informações que levassem a Bin Laden,confirmando o emprego da técnica de afogamento simulado,tortura das antigas e eficaz,já usada pela Santa Madre Igreja na Inquisição. O Papa também confirmará,se indagado.
Não é novidade para ninguém que se tortura quando,buscando extrair informações,a fonte não colabora. Seja a nível governamental,político,seja em crimes comuns. Nenhum país pode criticar outros,o uso é universal,apenas variando as técnicas,de grosseiras,dos choques e pau de arara que deixam pistas às mais sofisticadas,difíceis de serem comprovadas,como uma usada com mulheres,principalmente cultas,instruídas ou arrogantes,que é o método de não fazer absolutamente nada,não tocá-las,não ameaçá-las,oferecer comida,água e prosseguir o interrogatório normalmente,de forma educada,sempre na presença de várias pessoas,que se revezam sem intervalos. Simplesmente ignoram-se os pedidos da prisioneira para ser conduzida ao banheiro e em algumas horas a interrogada acaba por evacuar e urinar na roupa,defronte todos,que se mostram surpresos ou enojados,com efeito devastador em sua resistência moral.
O método perguntado pelo jornalista da NBC e confirmado pelo Diretor da CIA,o afogamento simulado não é o popularizado em filmes,quando se mergulha a cabeça do indivíduo em água. A técnica consiste em deitar o elemento ou inclinar sua cabeça para trás e despejar líquido diretamente em suas vias respiratórias,que causa a imediata contração da faringe por reflexo,falta de oxigênio e dor. É conhecido no Brasil por submarino.
O Manual Kubark antes secreto mas já desclassificado no final da década de 90,usado em treinamento das forças americanas ficou famoso como manual de tortura,embora os soviéticos fossem os especialistas no ramo. Não há nada de novo e a tortura continuará a ser usada e tolerada pelas autoridades sempre que,de maneira prática,fria,os benefícios superarem algum provável custo em acusações ou de consciência. Combatida e evitada para uso policial,assim não o é para a segurança nacional;não se pode deixar que centenas ou milhares de pessoas inocentes,confiadas à proteção governamental,sejam mortas por um ato terrorista apenas para não ferir suscetibilidades de irreais ativistas de direitos humanos.