Os senadores aprovaram em primeiro turno,ontem,a PEC 33/2009 que reza sobre a exigência de diploma para exercer a profissão de jornalista. Estranho. Fácil,fácil,65 votos a favor e apenas sete homens sérios contra. Não cria,restabelece,pois esse absurdo já existiu e foi derrubado em 2009 pelo STJ por contrariar a liberdade de expressão.
A exigência do diploma em si é apenas mais uma medida a ser contornada com facilidade como a obrigatoriedade de farmacêuticos em farmácias,receita médica ou engenheiros em obras;seria pura perda de tempo do Congresso com tantos problemas graves a resolver. Mas é estranho essa insistência,partiria ela realmente de jornalistas? Nossos grandes profissionais da mídia com diploma ou sem ele são homens que nasceram jornalistas,exercem sua profissão naturalmente,não é um curso ou um deproma que vai tornar mais séria ou menos séria a profissão. O jornalismo tem sido neste Brasil corrupto e sem lei o verdadeiro defensor da democracia e isso feito com muita coragem e competência,até pela situação nunca antes vivida de um governo amoral que não tem freios éticos,de consciência ou honestidade primária,facínoras que se apoderaram das rédeas do poder e estenderam seus tentáculos como qualquer outra máfia,outra quadrilha. Será esse o motivo,uma tentativa de construir um estábulo onde possam inocular desde o início da formação profissional o verme que ataca os intestinos da nação,parasita as instituições e seja sensível ao alimento dos conluios,da corrupção,da propaganda desavergonhada e servil ao poder?
Exigência calcada em parâmetros ultrapassados e com resultados pífios porque vai na contramão da explosão da mídia eletrônica,incontrolável por leis e que pelo seu alcance,sua amplitude e rapidez inédita,se auto regula pela qualidade,até mesmo com crueldade,promovendo e seguindo os bons e lançando no ostracismo ou no ridículo os incompetentes,desmascarando os maus profissionais,desprezando os sem seriedade. Com ou sem diploma.