sábado, 5 de janeiro de 2013

O Vaticano e a cerimônia do lava dinheiros


Não,lava pés é outra cerimônia,menos tradicional que a milenar prática da Santa Madre Igreja de benzer dinheiro,tornando-o livre de qualquer pecado. Entrou na caixinha de esmola não interessa mais de onde veio,está entregue nas mãos de Deus... Caixinha moderna que rende juros até para traficantes de droga e crimes de colarinho branco. Clérgima branco! Ou clergyman em inglês. É aquela tirinha branca na frente do colarinho dos padres,embora seja este pelo que consta,um adereço protestante e o correto seria o tal “colarinho romano”,que envolve todo o pescoço. Pô,me perdi.
 
Voltemos pois ao Vaticano com a corda no pescoço... Aliás quem acabou literalmente com a corda no pescoço foi Roberto Calvi,banqueiro íntimo do Vaticano que em 1982 foi encontrado enforcado numa ponte em Londres. No Vaticano,ajoelhou tem que rezar:descobriu-se que o suicídio fora forjado e Calvi morto antes e pendurado depois. Estava envolvido na falência fraudulenta do banco Ambrosiano. Prejuízo estimado de 1 bilhão de dólares. O outro envolvido,Michele Sindona,banqueiro da Máfia,morreu envenenado na prisão,apesar de ser vigiado ininterruptamente. Só escapou de ser arquivo queimado o Bispo Marcinkus,que teve morte natural depois que saiu completamente de cena,encerrado em um convento. O santo bispo era também perito em artes marciais e guarda-costas de papas... Voltemos:
 
Em 2010 o Banco do Vaticano já fora investigado pela Justiça italiana que chegou a bloquear alguns milhões de euros,liberados depois de muita reza. Em Março do ano passado,o Departamento de Estado americano -que não brinca em serviço- colocou o santo nome do Vaticano na lista de países que podem estar branqueando dinheiro sujo,na escala 2 (de 3 níveis),posição que indica que o país efetivamente pratica a lavagem de dinheiro de alguma forma. E nada,nem confissão,nem penitência,nem mea culpa. Máxima mea culpa é o mínimo que esperava a Comissão Europeia dos países que cumprem as normas contra os crimes financeiros e expulsaram o Vaticano do templo,deixando-o de fora do grupo.

Agora,diante da cara de pau da turminha de batina,o Banco Central italiano perdeu a paciência e vetou todas formas de pagamento eletrônico na Cidade do Vaticano por causa da falta de transparência com as normas bancária. Clique

O Santo Padre,que tem o lucrativo leasing de Deus,já não pode aceitar cartões. Mas por tradição,aceita de bom grado trinta dinheiros...