Quando
se voa dentro de uma tempestade, com a água batendo no para-brisas,
o vento sacudindo a aeronave, barulho por todo lado, ao sairmos dela
somos surpreendidos por uma “explosão” de silêncio, num segundo
tudo se torna muito fácil, suave, quase atordoante. Ao se preparar
para uma missão com grandes chances de não voltar é como estar
dentro da tempestade. Não é fácil, o medo vai e vem, parece que
nada vai dar certo, vem a vontade de desistir, retornar. Mas “há
um ponto do qual já não há retorno possível, a esse ponto é
urgente chegar”(Kafka). O ponto do não retorno é quando
finalmente, armas prontas, motores acionados, vem a ordem de partida,
calços fora e as rodas começam a se movimentar. Aí é como se
saíssemos da tempestade, somos surpreendidos pela
explosão de paz, de calmaria, rumo ao sucesso, à morte ou ambos. A
vida é curta para todos, carneiros ou leões, e se você está
dentro de uma tempestade, o pior que pode fazer é permanecer dentro
dela, tentar retornar. Ir em frente é a melhor solução e nós
estamos dentro de uma tempestade como jamais vista pelas várias
gerações que construíram o Brasil. A força e o destemor para
conduzir essa enorme aeronave com os motores falhando para fora do
caos está com a juventude que tem a chance única e histórica de cumprir uma
grande missão. É preciso acreditar primeiramente na turbulência,
que a situação não é normal. Depois entender que ao dispor-se à
enfrentá-la como comandantes e não permanecer como simples e
inertes passageiros, buscarão o meio mais direto de sair dela para a
explosão de paz mas também de glória, da construção de uma vida
que anos após, poderão afirmar aos netos: valeu a pena! O egoísmo
é normal, faz parte do ser humano, principalmente nos mais jovens,
menos vividos, ainda sem cicatrizes, visíveis ou invisíveis.
Geralmente não se dão conta de sua força e do momento. É
importante visualizar esse momento histórico que estamos
atravessando e agir, pois será da geração atual que o futuro, que
a História cobrará. Como deixaram que isso acontecesse? Que
cegueira tomou conta de vocês?
Observem
a foto abaixo. O jovem piloto sou eu, aos 23 anos, privilegiado, bem alimentado, comandando uma aeronave militar no Brasil, pago para voar e estudar.
Na foto seguinte, o homem à frente da coluna na fronteira
Rhodesia-Moçambique também sou eu, e apenas quatro anos haviam se
passado... Com fome, cansado, já responsável direto pela vida e
morte de meus homens mas também um privilegiado, porque soubera
entender o momento e passara pelo ponto do não retorno, deixara
minha zona de conforto, fiz minha parte.
Mas
o mesmo inimigo asqueroso que bem conheço aqui chegou e tentou perpetuar-se no poder, construindo uma teia de controle e corrupção jamais vista. Destruíram, saquearam o país e agora posam de vítimas, mas continuam infiltrados em todos os níveis da administração pública e no ensino. Um expurgo é preciso, radical, uma caça saneadora ao mais doentio -e perigoso- desvio de cidadania, de personalidade: a esquerdopatia. Agora é a vez de vocês,
jovens. Saiam da zona de conforto egoísta, renunciem agora para
usufruir por toda a vida. É preciso ir às ruas, é preciso lutar. É
preciso entender que estamos debaixo da mais hipócrita das
ditaduras, tendo nossas vidas e o futuro de nossas famílias
comandados por marginais, por traidores sem sentimento pátrio que
aos poucos, covardemente, pelas costas, sem mostrar armas e
disposição para o confronto, vão solapando pedra por pedra os
alicerces da Nação. É preciso que tenhamos coragem de chegar ao
ponto de não retorno. De enfrentar as patrulhas danosas do "politicamente correto", de confrontar os "mestres" aliciadores nas escolas, de recusar a desconstrução da História nos livros oficiais, de dizer não ao desarmamento assassino! Depois tudo será mais fácil, os levaremos de
roldão. Jovens, é a hora de vocês, construam hoje a liberdade de
amanhã! Construam hoje a história que contarão aos seus netos!