Uma eleição,referendo,plebiscito,seja qual for a denominação,necessita de uma estrutura dispendiosa e segundo consta,o último sobre o desarmamento custou aos cofres públicos cerca de 250 milhões de reais - o último e dentro de regras constitucionais,único,pois se passaram apenas 6 anos,o povo que votou é o mesmo e não está pedindo que seja revogada sua vontade. Se houve indução a erro como diz o Senador Sarney,pode-se nesta mesma linha revogar as eleições para Presidente da República,quando,com muito dinheiro de fontes duvidosas,incluindo aí o narcotráfico,produziu-se vasta propaganda enganosa,também induzindo o povo a erro. Ou,segundo seu apadrinhado,o Ministro Fux que,ou está obedecendo o padrinho ou deixou a tão propalada inteligência do lado de fora do Supremo,”às vezes, o povo delibera contra ele mesmo” numa grave declaração com cunho ditatorial,que confronta a soberania do voto popular.
O Ministro da Justiça desconversa,preferindo a retomada da campanha de entrega voluntária de armas,seguindo ordens da presidenta,que quer cortar as asinhas de Sarney. Que por sua vez quer sobrevoar a autoridade presidencial em busca da popularidade perdida,se é que alguma vez a teve além do breve período da desastrosa aplicação de congelamento de preços,em seu mandato herdado de Presidente da República. E popularidade para quê? Sarney,este negócio de imortal é apenas uma alegoria da ABL,não leve a sério!
A presidenta e seus ministros sabem que mesmo o povão que a elegeu,com o voto pago pelos vales,votaria contra a proibição de armas,ninguém gosta de bandidos,em que pese o paradoxo do PT no poder. Perderiam novamente e por isso são contra um novo referendo,pois têm outras saídas para seus objetivos de domínio total,gradual esmagamento da democracia e implantação da ditadura popular. Assim como foram pífios guerrilheiros e optaram pelo estelionato político para chegar ao poder,este objetivo,o desarmamento,também será feito de forma sutil,paulatinamente,com a criação de regras impossíveis de serem cumpridas quando vencerem os portes e os certificados de registro de armas,tornando-as ilegais por falta dos mesmos e com os donos perfeitamente localizados para serem intimados.
A insistência,a histeria contra as armas deflagrada com o episódio de Realengo,não cabe na inteligência dos senhores no poder;se lá chegaram,mesmo fraudulosamente,é porque a possuem em boa dose. Se admitirem a verdade,de que o episódio de Realengo é um problema de Saúde Pública,de Assistência Social,da Educação,terão que fazer o mea culpa,expondo sua incompetência e deixando claro o sucateamento do país,nas mãos de verdadeiras quadrilhas de saqueadores. Mas se o episódio de Realengo foi devido às armas nas mãos de civis,a culpa é do povo! E aí vêm as insinuações de que o povo às vezes delibera contra ele mesmo...