terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Centenário de Marighella - Viva Fleury!

Carlos Marighella veio ao mundo em 5 de Dezembro de 1911 e foi expulso do planeta em 4 de Novembro de 1969 pelo eficiente delegado Fleury do DOPS paulista. Antes,em 1967 já havia sido também expulso do próprio Partido Comunista Brasileiro,que discordava de sua pressa em derramar sangue. Mas assim que resolveu pegar em armas por conta própria,durou tão pouco como o colega Che Guevara. Mas devo reconhecer:o Mini Manual de Guerrilha Urbana escrito por Carlos Marighella é uma obra profissional e competente para os sujos fins que se destina,tendo sido adotado por terroristas e assassinos em todo o mundo,ao contrário do livrinho de escoteiros conhecido como Manual de Guerrilha de Che Guevara,uma coleção de asneiras só apreciado por jovens imberbes sem experiência de vida e de combate.

Autor de atentados à bomba,assassinatos e roubos a bancos na década de 60,foi morto ao reagir quando,traído pelos comparsas,caiu numa emboscada do DOPS,delegado Fleury à frente. Marighela cometera o erro de se unir com gente mais perigosa que ele,os frades dominicanos,que presos já abriram a boca no primeiro bom dia dos agentes,revelaram até as senhas e tomaram parte importante na emboscada. Marcado um encontro,assim que Marighella entrou no fusquinha onde se encontravam dois frades dominicanos estes se jogaram para fora -nada de avisar o colega ou de orações ao Senhor,foram espertamente ao chão para escapar do tiroteio que se seguiu,pois o terrorista de imediato reagiu com seu revólver,morrendo também,provavelmente por fogo cruzado um motorista que passava pelo local e a heroica investigadora de polícia Estela Borges de Morato de apenas 22 anos. Não sei se a família de Estela foi indenizada pelo estado,mas a viúva do criminoso já teve a sua aprovada,pois a Comissão de Mortos e Desaparecidos do MJ concluiu que seu marido foi executado,abatido... Como pergunta o Coronel Ustra:se Marighela foi morto à queima-roupa,por que o tiroteio? Por que a morte da investigadora e do transeunte? E perder a grande oportunidade de interrogá-lo e extrair informações que ajudariam a acabar com a ALN,sua organização?

Carlos Marighella foi substituído no comando por Câmara Ferreira;Fleury o liquidou no ano seguinte... Até 1974,cerca de 23 terroristas da ALN foram mortos,seu último chefe fugiu esbaforido para a França e os gatos pingados revolucionários que ficaram se dissolveram e foram procurar um empreguinho honesto cedido por algum capitalista até entrarem na milionária indústria das indenizações...

Marighella tal Guevara,não passou de um extremista sanguinário que matava aleatoriamente para forçar a repressão e provocar descontentamento popular em busca de apoio. Reza seu manual: ...o governo não tem alternativa exceto intensificar a repressão. As batidas policiais,busca em residências,prisões de pessoas inocentes tornam a vida na cidade insuportável. O sentimento geral é que o governo é injusto,incapaz de solucionar problemas e recorre pura e simplesmente à liquidação física de seus opositores.
Em outra palavras,criava um problema antes inexistente e oferecia para resolvê-lo com a revolução popular...

Marighella teve sua carreira armada encurtada por homens como Fleury,que ao contrário de outros colegas,tratava terroristas como realmente eram,ladrões de bancos,assassinos,latrocidas e usava técnicas policiais e não militares para combatê-los e exterminá-los com sucesso. Apenas cumpria sua tarefa de limpar a sociedade dos marginais que a infestavam...