O grande poeta Luís Vaz de Camões que cantou as glórias de Portugal faleceu no dia 10 de Junho de 1580 e essa data foi consagrada como Dia de Camões e de Portugal até 1944 quando Salazar acrescentou Raça, que criou força depois dos trágicos eventos do início da década de 60 no norte de Angola com a eclosão do terrorismo. Passou a ser conhecido como Dia da Raça, onde se homenageava com propriedade a abnegação, o sacrifício da juventude portuguesa que derramava seu sangue em defesa das terras lusitanas em África e da própria Civilização Ocidental, ameaçada pela Cortina de Ferro. Nunca a designação “Raça” significou cor de pele como querem as esquerdas doentias, sempre teve como objetivo a aglutinação dos povos de qualquer cor ou origem, debaixo da bandeira portuguesa que representava uma permanência constante por séculos, formando uma só comunidade pacífica, a Raça Lusíada. E a insistência com que hoje ainda se mantém a cultura lusitana, através da língua, costumes, religião em vários países e enclaves espalhados por todas as partes do mundo comprovam que se rumava para um destino certo e comum.
Portugal de hoje, fraca imagem do que foi, perseguido pelas sombras dos milhares de mortos vítimas dos capitães de Abril, é apenas uma esperança dos verdadeiros patriotas que contam uma história que os governantes querem covardemente apagar. Quase um sonho impossível seu reerguer se continuar nas mãos atuais, uma utopia, uma quimera.
Quimera que nos seus dois sentidos, de animal mitológico e de objetivo utópico, se uniram inadvertidamente na foto acima ao brindar ao lado de nossa bandeira, já que não podia fazê-lo ao lado de meus irmãos em armas do outro lado do Atlântico. Só depois notei a mensagem que ficou dos tristes tempos que ora correm: "do topo de atrevidos mastros que desafiavam os oceanos" agora a bandeira das cinco quinas repousa nas asas de uma quimera, de uma utopia...
Cabe a nós todos o dever -e o direto- de fazê-la retornar ao alto dos atrevidos mastros da História.