quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Líbia:a OTAN,criminosa de guerra no banco dos réus em Haia?

Não vou repetir tudo o que neste Blog escrevi desde o início da “revolução”líbia,inventada pela França e Itália. Não mudei minha opinião e pela primeira vez vejo na imprensa(clique aqui) alguém que segue a mesma linha óbvia de pensamento,de que a OTAN e seus Estados membros não tinham a intenção de proteger a população e sim derrubar o Governo. As palavras são do advogado francês Marcel Ceccaldi,representante da família Kadafi,que pensa em levar a OTAN ao Tribunal Penal Internacional(TPI)de Haia por crime de guerra.
Com a absurda alegação de proteger a população,a OTAN transformou manifestações em uma guerra civil com milhares de mortos bombardeados indiscriminadamente,com insistência em alvos não militares tentando por terra,mar e ar atingir diretamente seu alvo,a pessoa de Kadafi,claramente atropelando a autorização da ONU para apenas criar uma zona de exclusão aérea.
Cita o advogado Ceccaldi:"O homicídio voluntário está definido como um crime de guerra pelo artigo 8 do estatuto de Roma do TPI".
Endividados,os europeus gastaram mais do que previam ao subestimar um beduíno e mal o assassinaram declararam sua intenção de encerrar as operações e abandonar o povo líbio à sua própria sorte depois de terem arrasado e levado o caos ao país,alegando que a ameaça à população civil já não existe(!!!). Fica claro que tal proteção nunca fora o objetivo da OTAN.
A agressão brutal da Europa à África não pode ficar impune ou se repetirá e estaremos entrando em uma nova era colonial,o que deve ser motivo de profunda preocupação para nós,países mais fracos,como bem explicitou o advogado da família Kadafi: "Ou o Tribunal Penal Internacional intervém como jurisdição independente e imparcial, ou não o faz, e neste caso a força se impõe ao direito".




Acima,o mais completo vídeo sobre o linchamento de Kadafi. Em clara manobra de distração,o governo de transição líbio -pretendendo individualizar as responsabilidades- anunciou que seus matadores irão a julgamento,como se este crime fosse um ato isolado e não patrocinado pela OTAN...