Exatamente o que leu no título,visto de maneira fria. Ele se propôs uma missão,planejou,executou perfeitamente atingindo seus objetivos e permaneceu vivo para prolongar o efeito durante interrogatórios, julgamento,cumprimento de pena. Não estou discorrendo sobre valores morais do ser humano,estou descrevendo uma ação do ponto de vista operacional. Foi uma lição de eficiência para o lado oposto do terrorismo,os extremamente incompetentes palestinos,que perdem a vida como homens bomba,destroem uma bicicleta,arranham um posto policial e partem a unha de algum soldado... Anders Breivik não é louco,psicopata ou qualquer outro rótulo que os psicólogos e psiquiatras queiram lhe dar. Como cidadão de um país tranquilo,de povo racialmente uniforme e socialmente adiantado,viu sua nação ser invadida por estranhos de hábitos medievais,religião intolerante e que além de não aceitarem ou adotarem o modo de vida norueguês,exigiam de maneira radical o respeito às suas crenças e usufruíam dos serviços pagos com os impostos dos nacionais,transformando-se em visíveis e incômodas células parasitas encravadas na sociedade norueguesa,bem como em toda a Europa. Um problema que se agrava acentuadamente pelo crasso erro político da França e Itália que atacaram desnecessariamente a Líbia de Kadafi por motivos pessoais,provocando um fluxo de refugiados ao mesmo tempo que perderam a colaboração líbia que atuava como um tampão que restringia a passagem e partida de imigrantes ilegais do norte da África para território europeu.
Atacando os muçulmanos atrairia a simpatia da sociedade para as vítimas,o efeito seria contrário;atacando quartéis ou governo a comoção seria menor,são alvos habituais,está implícito que soldados são pagos para morrer pela pátria e dirigentes políticos geram antagonismos. Para mudar algo num país frio e racional teria que também ser frio e racional,criar um choque social,algo que se transformasse num divisor temporal,o antes e o depois do ato de chamada de atenção para o problema,objetivo primário do terrorismo. Atacar previamente o prédio governamental,claramente inspirado em Timoth Mac Veigh não só no posicionamento como no preparo dos explosivos,além de distrair e retardar a intervenção das autoridades no alvo principal,a ilha de Utoeya,serve como informação de direcionamento de responsabilidade – o governo e seu apoio ao multiculturalismo- cobrado através dos inocentes que seriam mortos. A escolha de jovens foi imprescindível para o choque pretendido,nenhum alvo teria impacto maior,uma escolha racional,estudada.
Não se trata de um louco,também não se trata de um extremista de direita,embora as esquerdas que há décadas vêm atormentado o planeta com atentados covardes -e menos eficientes- já tenham se agitado,satisfeitas com a chance de vilipendiarem o inimigo. A extrema direita,sempre prática, direciona seus ataques para alvos com resultados imediatos,destruição do inimigo,não para efeitos futuros e nunca atacaria a juventude,considerada um patrimônio a ser treinado e instruído nos valores pátrios. Eu diria que Anders Breivik é um jovem radical,nacionalista,inteligente,com plena noção da atrocidade cometida mas que ao pesar as consequências optou pelo massacre de inocentes para um fim que julgou maior,que independente do repúdio de todo o planeta pelo seu ato,será conseguido com mudanças de rumo em seu país e discussões e propostas por toda a Europa,levados por uma intolerância mútua com a crescente, impertinente,abusiva,incômoda presença de muçulmanos no Velho Continente agora para sempre relacionados à triste lembrança dos jovens da ilha de Utoeya.