quarta-feira, 6 de abril de 2011

Brasileiros,hoje sem paradigma de militares verdadeiros, eu vos apresento a Legião Estrangeira Espanhola!

Agastado,meditando sobre a frouxidão das nossas forças armadas,hoje nas mãos de herdeiros indignos de seus antecessores, lembrei-me dos tempos viris da Legião Estrangeira Espanhola, o Tercio de los Extranjeros, mais precisamente o 3º,Don Juan de Áustria onde servi por um ano. Velha e rude Legião de Franco, de Deus e de Espanha! (mais ou menos nesta ordem...) Tempos onde a realidade parecia ficção, onde um sargento já no limiar da demência, aos gritos nos ordenava atacar o solo duro e nele cravar a baioneta! E a entrada nas povoações, tentando não assustar, mas barbados, poeirentos e armados, cantando nossa canção de marcha:

Como somos Caballeros Legionarios,
hay mucha gente que no nos camela,
como si fuera un delito,
ser de la Legión Extranjera.
Nosotros no nos preocupamos
ni del más grande ni del más chico,
ni tampoco olvidamos
ni a los pobres ni a los ricos.
Cuando vamos por la carretera,
y nuestras carnes se tuestan al sol,
la sangre de nuestras venas es igual que la mejor.

Si asaltamos los corrales
y robamos las gallinas
(!...o grifo é meu)
es para calmar el hambre,
que pasamos en la vida
Y aunque a nadie le importa el sufrimiento,
que un legionario lleva en el corazón,
demostramos que estamos satisfechos
y llevamos en el pecho el emblema de La Legión.
Si cantamos soleares
o bailamos bulerías
es para olvidar las penas,
que pasamos en la vida.
Y aunque a nadie le importa el sufrimiento,
que un legionario lleva en el corazón,
demostramos que estamos satisfechos

y llevamos en el pecho el emblema de La Legión!

Éramos recebidos, com toda razão com enorme apreensão, que logo se dissipava pois com disciplina férrea e educação no trato com civis, portávamos melhor que seminaristas, comprando, bebendo e pagando religiosamente nossas cervejas, vinho e bocadillos, sem que um palavrão se ouvisse se por perto houvesse mujeres. Outros tempos, fortes, viris, que um brasileiro de hoje jamais irá conhecer, infelizmente nem dentro dos nossos quarteis... A Legião Espanhola, hoje, embora muito acima de nosso exército mão amiga, é apenas uma tropa de elite como tantas, que roubou de nós - novios de la muerte- o nome, a tradição, a Lenda.

Transcrevo abaixo o que penso, num texto originalmente publicado em uma revista especializada:
 

Minha opinião em relação ao Tercio, hoje, é de nostalgia, de lamentar a dissolução paulatina de um alicerce importante para a Espanha e o mundo militar. De La Legión de Extranjeros, do espírito de sacrifício e morte que forjavam um grupo temível pela sua agressividade, de desprezo absoluto pela própria vida, de jamais abandonar um homem em campo”hasta perecer todos”, de cumprir seu dever e obedecer “hasta morir”, pouco resta; talvez somente o nome. Às aguerridas ações militares que tiveram como exemplo a bem sucedida Legião Estrangeira Francesa, somava-se o espírito latino, sanguíneo, apaixonado e paradoxalmente religioso do espanhol, que davam um toque único ao Tercio de Franco. No fundo,talvez por ser “de Franco”como escrevi sem pensar, quando deveria escrever“de Espanha”, é que nas últimas décadas se procurou apagar esta lembrança de uma época que constrange os atuais políticos espanhóis. Concretamente falando, a Lei 32/2002 regulamenta o recrutamento de estrangeiros de tal maneira que,para serem aceitos, teriam que reunir uma série de qualificações que automaticamente os colocam entre os cidadãos que jamais pensariam ou necessitariam ingressar numa organização como a Legião. Entre outras é preciso ter residência legal na Espanha, sem antecedentes criminais inclusive no país de origem, países estes que também devem ter afinidades de língua e relações diplomáticas com a Espanha. Na contramão ao próprio hino oficial do Tercio, que reza ”cada uno sera lo que quiera, nada importa su vida anterior”... Hoje, o Tercio é sem dúvida uma tropa de elite espanhola, bem equipada, mas provida com homens sem a aura legionária, apenas mais uma boa tropa com a apropriação indébita de um glorioso nome forjado com sangue estrangeiro em areias distantes.

Os “novios de la muerte”não mais existem...
Pertencem ao passado, assim como os nossos militares de verdade...

 
Chefe do Equipo A - 2º esquadrão do Grupo Ligeiro de Cavalaria do Tercio Don Juan de Áustria, III da Legião

A pobreza patética do 1º capítulo de"Amor e Revolução"

Acabo de assistir,com muito esforço,o primeiro capítulo da tal de Amor e Revolução,tão propalada.
Suponho que a ditadura petista vá pedir o dinheiro de volta ao SBT ou denunciá-lo ao Procon. Que novelazinha ridícula!
 
É normal que o primeiro capítulo seja forte,cheio de emoções,mas o que assisti me fez ir do riso ao dó...Atores de terceira linha ou decadentes,interpretação bisonha,pobreza absoluta nos cenários e equipamentos. Uma Kombi,uma Willys F-85 e um jeep é todo o aparato bélico dos sinistros militares. Que vivem em mansões e fazem a revolução tomando cafezinho na sala,junto com a esposa e a nora.
 
Para garantir audiência nos próximos capítulos,logo de início,uma inesperada cena de nudez masculina e feminina. Constrangimento para as senhoras que ficaram até tarde para assistirem a tal novela histórica,junto com seus filhos e netos. Mas a cena foi para agradar aos que pagaram, esquerdistas,gente sem pátria,amorais,dissolutos...Não voltem a assistir ou tirem as crianças da sala.
 
Os diálogos que provavelmente pretendiam ser dramáticos,são hilários,com frases pseudo patrióticas totalmente deslocadas da realidade;as fugas e lutas lembram os filmes mudos de Chaplin,o policial aponta e atira para baixo mas as lascas saltam acima da cabeça, nos troncos das árvores!(pode ser ricochete,tem lógica,vá lá...) Com direito a uma dramática e inédita cena,muito vista nos filmes antigos do Robin Hood,com o mocinho escondido no palheiro e o vilão,com um forcado,espetando a palha!Foi mal... Eu não acredito que alguém no SBT imaginou que o telespectador ficaria em suspense! E o incêndio no prédio da UNE? Saem da sala mobiliada e o resto do prédio já é ruína,sem qualquer móvel e algumas tirinhas de fogo aqui e ali,economizaram até no combustível!
 
Sinceramente,deu dó. Me senti ridículo em ter gasto tanta tinta cibernética para criticar com antecedência. A novela Amor e revolução é a cara do governo petista: mal intencionado mas sempre patético em sua incompetência...