Dia 11 de Dezembro os paraenses vão às urnas dizer sim ou não à divisão do seu estado. Mais uma falcatrua para se perpetuar no poder da Grande Quadrilha.
-Mas o número de eleitores será o mesmo!
Mas não os de senadores,deputados estaduais e federais,Dona Maria! É apenas mais uma manobra suja para a perpetuação petista no poder,manobras inteligentíssimas -sou obrigado a reconhecer- que fazem da Grande Quadrilha um paradigma de conquista do poder sem uso da força aparente. A receita é simples:pegue um povo ignorante e indolente,tempere com vales pagos com o dinheiro dos que produzem,apostem na multiplicação de filhos-eleitores em busca de mais vales e amplie seus poderes no Congresso,aumentando a representação em regiões mais ignaras,quer através do voto de cabresto,comprado,quer através da divisão desses estados,multiplicando seus representantes. Falei sobre isso em Plano Brasil sem miséria:a criação de petistas descerebrados.
Mas desta vez houve uma falha no caso da divisão do Pará:não será por simples imposição governamental e sim por plebiscito. Ora,arrisco a dizer que a derrota é óbvia porque matemática:por questões de constitucionalidade a votação deverá ser em todo o estado e não apenas nas regiões a serem desmembradas,Carajás e Tapajós. E a imensa maioria dos votantes se concentram na região da capital,que confortavelmente instalados,com a melhor -ou menos pior- infraestrutura do estado,simplesmente votam contra para continuarem sendo um estado territorialmente grande e “poderoso”,comportamento humano e latino. Você quer ser amputado? Vote sim ou não! Oras!
Já os que moram nas regiões a serem desmembradas perdem duplamente:são em menor número e por ignorância e discriminação acreditam que os numerosos forasteiros do sul e sudeste -mais atuantes em trabalho e consequentemente gerando riqueza e inveja- ficarão com o poder em detrimento dos nativos e acabam por isso dividindo seu voto.
Concluindo,dinheiro gasto inutilmente em um plebiscito golpista,burramente preparado,que resultará numa esmagadora maioria do não à separação...