quarta-feira, 25 de setembro de 2019

O Coronel Moscardó, o Capitão Bolsonaro e seus respectivos filhos


Eu, homem de direita até a morte, que lutei contra a canalha vermelha com armas na mão e não apenas com palavras, assisti o discurso de Bolsonaro na ONU com sentimentos contraditórios. Ouvi o que gostaria de ouvir de um presidente dessa maltratada e desrespeitada Nação. Foi direto, sem meias palavras, sem tentar confraternizar com o inimigo. Mas ouvi sem emoção. Apenas ouvi. Porque anteriormente me emocionara quando de seu discurso de posse em Brasília : ...e me coloco diante de toda a nação, neste dia, como o dia em que o povo começou a se libertar do socialismo, da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto. Finalmente!, pensei... E logo na semana seguinte começaram seus ministros a se curvarem ao politicamente correto, a pedirem desculpas por alguma frase, diante do histerismo típico das esquerdas "caviar"... Depois viria o toma lá dá cá com o Congresso - de onde a doença do Brasil parte em todas as direções em metástase- e depois, e aí me lembrei do Coronel Moscardó, vieram as manobras para proteger ou privilegiar seus filhos. Não contra ameaças do inimigo em um combate viril pela Pátria, mas por acusações de corrupção ou por uma posição confortável e bem remunerada... Sem que nenhum assessor tenha coragem de dizer que o Rei está ficando nú. Senhor Presidente, ainda está em tempo, aferre-se ao terreno, aguente o cerco com o valor que se espera de um comandante eleito pela Esperança. Não se renda ao ego. Estamos vendo as nefastas e criminosas esquerdas começarem, assanhadas, a sair do túmulo onde o povo, nas últimas eleições, os jogara. Estavam quietos e assustados mas estão ressuscitando graças aos embates gratuitos de seu governo, que tem realizado medidas expressivas e necessárias para a recuperação do país, mas que acabam obnubiladas pela balbúrdia carnavalesca de avanços e recuos diários que mostram ou uma assessoria covarde ou incompetente ou um presidente irascível que não admite conselhos. Ou tudo isso misturado. 

Conheçam o exemplo do Coronel Moscardó...

Coronel e governador militar da província de Toledo, José Moscardó e Ituarte(1878 - 1956) resistiu ao cerco das instalações do palácio fortificado de Alcázar de Toledo pelas assassinas tropas vermelhas quando da Guerra Civil Espanhola, num feito épico, glorioso, que fez com que o General Franco desviasse da ofensiva principal contra Madrid e avançasse para socorrê-lo, dada a dimensão de sua luta contra tropas esmagadoramente superiores em número. 

O Cerco do Alcázar começou e Moscardó resistiu para as forças Nacionalistas do General Francisco Franco por 70 dias, de 22 de Julho a 27 de Setembro de 1936. Dia após dia, o Coronel enviou o seu relatório diário via rádio: Sin novedad en el Alcázar ("Nada novo no Alcázar, "ou" Tudo quieto no Alcázar ", um eufemismo irônico. O seu desafio encorajou os partidários de Franco em todos os lugares e enlouqueceu os Republicanos, que acometeram com vastas forças nos ataques em vão ao Alcázar. (fonte Wikipedia)

A fortaleza, aos poucos, ia sendo reduzida a escombros, mas o Coronel Moscardó resistia e negava a render-se.

Em 23 de Julho, as forças Republicanas capturaram o filho de 24 anos de Moscardó, Luís. Eles ligaram para o Alcazar pelo telefone e o próprio Moscardó atendeu. O oficial político da força Republicana informou-o de que a menos que ele entregasse o Alcazar, Luís seria baleado. Moscardó pediu então para falar com o filho e disse-lhe: "Encomenda a tua alma a Deus e morre como um patriota, dizendo Viva o Cristo Rei! e Viva a Espanha!". A resposta do filho foi: "É o que farei." (fonte Wikipedia, o negrito é meu)

Luís foi fuzilado cerca de um mês depois. O Coronel Moscardó faleceu em 1956, lembrado e respeitado como herói espanhol, Capitão-General do Exército e  1 º Conde do Alcázar de Toledo, Grande de Espanha. 

Como quer ser lembrado, Capitão?



domingo, 22 de setembro de 2019

Do surgimento aleatório do ser humano ao progresso rumo a sua extinção

E num país de neandertais rumo a uma bizarra ditadura teocrática onde a massa ululante bate no peito suas ensebadas bíblias e roga benesses ao "Senhor" em vez de buscar trabalho, só nos resta filosofar e esperar retornar logo ao Caos (do grego Hesíodo) antes que chegue o Caos do romano Ovídio...
P.A.Marangoni

E “Deus” criou o homem, o ornitorrinco e o pangolim... Imaginação fértil a do barbudo, só não suplanta a do próprio homem que O criou para não se sentir uma obra do acaso.

Cheguei aos 70 anos, prestes a ser desmontado e olho para trás. Realizei coisas interessantes nas passadas décadas, mas que foram engolidas pelo tempo, esse vilão que não conseguimos entender e dominar, e tudo o que fiz, passei, realizei, tem a mesma textura palpável de um filme de ficção ou uma historinha infantil, ou seja, nada. Qual o valor da vida? Qual o futuro do animal humano que desenvolveu a capacidade de acumular conhecimentos e ao juntá-los consegue tomar atitudes e criar eventos aparentemente inéditos, mas que não passam de uma mistura de experiências já vividas, próprias ou alheias? Mas o animal homem chama isso de inteligência e se acredita superior aos demais seres viventes do planeta, todos surgidos aleatoriamente – inclusive o próprio planeta.

E o Homem idealizou Deus, os anjos, a alma... Imaginação fértil a dos bípedes pelados, juntando fatos que não entendem mas os veem como um aval à sua superioridade e da garantida continuação da vida após a morte, um evento que nada mais é que a dissolução de um ser vivente que retorna ao estado original de partículas que se aglutinarão às demais ou vagarão como gases por aí, sem qualquer consciência.

A vida consciente ou qualquer forma de vida e o próprio Universo, não tem sentido ou valor, pois não ser é superior a ser, o Nada é superior ao Todo. O tempo engole a tudo e a todos e não os defeca, nada resta num tempo infinito.

O futuro distante não é o paraíso sonhado. Com plena “felicidade” advinda do conhecimento não há necessidade de vínculos afetivos, o indivíduo se basta; com pleno conhecimento para manter indefinidamente os arquivos da mente de forma artificial e aperfeiçoada, não há necessidade de um corpo perecível para armazená-lo e elimina-se a procriação, ato primitivo de seres de curta duração para a sobrevivência de sua Espécie. Assim será o futuro, seres de material artificial e renovável, autossuficientes, rumando para a construção de uma única máquina que englobe todo o conhecimento, o que tornará obsoleta a função do “poder”, origem dos nossos  males. Verdadeiramente será essa máquina o “Deus” real. Os humanos de carne e ossos são apenas formas de vidas intermediárias, que deram início ao processo mas destinadas à extinção por sua própria vontade, através da evolução. E depois virá o Nada, pois uma máquina perfeita saberá que o Nada é infinitamente superior à existência e se auto consumirá, levando consigo todo o inútil Universo.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Deus e Satanás na Terra do Nunca, esse tal de Brasil...


Estava a reler um texto meu de 2013, “Brasil: o gigante adormecido que faleceu durante o sono...” Nada mudou.

Nele cito um artigo de 2011 da Veja, “O incrível caso do país sem direita”. Realmente não temos uma direita plenamente identificável. A questão vai além de siglas e ideologias. A política brasileira é uniforme, única: a lei da oferta e da procura. Não se trata de não ter direita ou esquerda, trata-se de não termos verdadeiros homens políticos, temos negociantes de poder e dinheiro sem qualquer ideologia firme, com exceção de alguns honestos mas ingênuos cidadãos bem intencionados que são rapidamente engolfados e até vilipendiados, como se danosos fossem e muitos esquerdopatas que em qualquer país sério estariam internados como indivíduos perigosos à sociedade. No Brasil, política não é uma luta por conquistas sociais do País, ou de valores morais; é um emprego fácil e lucrativo que pode ser mantido legalmente através de métodos ilegais.

Uma das causas apontadas como responsáveis pela ausência da direita, dos partidos conservadores, é a “herança maldita da ditadura militar”. Não deixa de ter sentido embora a própria herança deixa claro que não houve ditadura e sim um Governo Militar: esta herança maldita é a Grande Quadrilha Petista. Num governo realmente ditatorial esses marginais transvestidos de militantes e terroristas teriam sido exterminados e não poderiam prosseguir em sua carreira criminosa, mas aí estão, e até conquistaram o poder máximo! Em plena atividade de rapina não só do dinheiro público mas na tortura e lento assassinato de nossa cultura, tradição, história, levaram, em uma década, o país à UTI, agonizante. Sem outra opção, desesperados, os nativos foram levados a votar em qualquer força que representasse uma oposição ao saque desenfreado dessa facção criminosa. Mas até agora o que vimos não representa qualquer oposição ou direita e sim um típico governo de república bananeira de meados do século passado. Envergonhados diariamente, decepcionados seguidamente, pelo menos barramos o petismo, nos consolamos mentalmente... E resta esperar pelo surgimento de algum líder verdadeiro que nas próximas eleições (ou sem elas e sem o Congresso, a fonte de todos os nossos males) comece a verdadeiramente resgatar o que resta desse Porto de Piratas...

A principal causa de não termos um partido conservador, uma direita forte defendendo os valores tradicionais do ser humano - que nada tem a ver com a ignorância das religiões e seus deuses e diabos - e que constituem a argamassa que constrói uma Nação - a Honra, a Família, a Tradição, a Propriedade - é que para isso é necessário um sentimento pátrio forte que só é conseguido por um comportamento comum no mínimo assemelhado da grande massa, com uma maioria numérica de alguma raça e uma cultura crescente baseada em valores esculpidos durante a História deste mesmo povo. Não temos nada disso, somos apenas um Porto de Piratas multirracial e inconsequente amassando os papéis da história para limpar os vestígios de qualquer tradição e sentimento pátrio que comece a aparecer sobre a mesa do dia a dia, onde serão colocados os copos de ideologias estrangeiras perversas cheios do álcool do carnaval, futebol e circo televisivo, sem que em cada grupo de ébrios se encontre um denominador comum que seja útil a todos. Sem que ninguém se preocupe com a alta conta a pagar que certamente será apresentada no futuro.

Não temos um Partido Conservador porque não há mais nada para ser mantido, conservado. Não conseguimos ser um país, o Gigante Adormecido faleceu durante o sono. E à nossa tragédia verde-amarela agora acrescenta-se - graças à crescente massa ignorante - o pesadelo de uma anacrônica ditadura teocrática, onde os pastores ditarão as leis e Satanás representará toda a oposição. 

Mas que Inferno!!!