quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Finados:quem não nasce não morre nem passa fome...

No dia dos mortos seria bom começar a pensar nos vivos. Vivos demais,sete bilhões que fazem o planetazinho ranger em seu eixo. Sem um imediato controle da natalidade,logo logo o seu sanduíche será disputado por várias mãos no trajeto até a boca. Para garantir que o sanduíche chegue à nossa boca só existe uma saída que é limitar as vagas na Pensão Terra. Que era um hotel 5 estrelas,foi baixando de classificação e hoje,graças à lotação,com gente dormindo nos corredores da sociedade virou uma pensão pouco familiar. Por um erro crasso de avaliação onde entram fatores subjetivos,pouco práticos,permite-se uma procriação desenfreada nos países subdesenvolvidos que depois ficam nas esquinas dos continentes pedindo aos países ricos ajuda para o leitinho das crianças. O fato é que,quando essa ajuda existe,o leitinho das crianças vira carros de luxo,contas bancárias em paraísos fiscais ou joias para as amantes de ditadores ou políticos corruptos,pois fome é um problema de gestão e não dos desígnios da natureza. Países são famílias grandes que dependem de bons pais para trazerem comida para casa. E como famílias devem ser tratados pela comunidade internacional. Conselho Tutelar Internacional. A criançada está faminta na Somália? No Sudão? Esmolas não resolvem. Acaba-se com o pátrio poder,intervêm-se e com uma tecnocracia instalada faça-se o leite chegar às bocas famintas. Mas quem nasceu nasceu,quem não nasceu não nasce mais. Passa a faca,capa todo mundo. Quem não nasce não morre nem passa fome.

E quanto aos que estão vivos por todo o planeta,já passou da hora de organizar o que fazer na hora da morte. Cemitérios só são úteis para os vendedores de flores e melancia no Dia de Finados. Tanta histeria ecológica por aí e ainda se permite esta forma arcaica de plantar cadáveres que contaminam o solo com seu necro chorume,que por cerca de um ano após o sepultamento vai penetrando na terra e pode contaminar o lençol freático com bacilos vários, hepatite,tuberculose,escarlatina,etc. Além do enorme espaço horizontal que ocupam para alojar carne e ossos deitados como se ainda necessitassem desse conforto. Cremação é,pela atual tecnologia,a única e racional solução. Pelo sim pelo não,além das fotos na parede e a certeza que em vida deu amor e amizade ao falecido,um fragmento que contenha o DNA do ser que deixou de existir deve ser guardado,no futuro através desse chip natural será possível fazer uma cópia. Mas o resto,sem vida,nada significa e pode ir à fogueira e as cinzas virarem adubo...