A “presidente da república” que nos foi imposta à revelia por um sistema eleitoral fraudulento tem razão: não se deve comemorar o 31 de Março, a data da Revolução que, pura em sua vontade de salvar o Brasil da garra dos marxistas sem pátria, permitiu por honestidade de princípios que os inimigos fossem presos, julgados, condenados uns, exilados outros, posteriormente devolvendo o poder aos civis de forma gradual e pacífica e a volta daqueles indivíduos defensores de uma ideologia alienígena,totalmente contrária às aspirações do povo brasileiro.
O resultado de um Governo Militar e não da necessária ditadura militar foi que o Mal, apenas afastado e não destruído, voltou mais perigoso porque reconhecendo sua incapacidade de vencer pelas armas optou por corroer qual ratazanas os alicerces da sociedade, aliando-se a outros marginais, ladrões, assassinos, narcotraficantes, corrompendo a juventude, tomando insidiosamente de assalto os meios de comunicação, promovendo os embates raciais, instigando a imoralidade, justificando taras, seguindo fielmente a cartilha da destruição de uma nação. Resultado visível em toda extensão da tragédia brasileira: um país arrasado, paralisado, desmoronando moralmente, onde qualquer investimento não passa de subterfúgio para roubo de verbas e o pouco que é realizado tem duração efêmera, apenas encenações de progresso para a turba ignorante.
Dois fatos assustam e nos tiram qualquer esperança de escapar da Grande Quadrilha que domina o Morro Brasil: a destruição dos futuros cidadãos nas escolas através da reconstrução da nossa história, transformando marginais em heróis populares e paulatinamente dando poder aos jovens para afrontar os pais e recusar a instituição família, tijolo sem o qual não se ergue a parede da nacionalidade e o domínio quase absoluto dos meios de comunicação que apagam a realidade e transmitem um teatro onde se representam notícias, maquiam tragédias, endeusam personalidades e fabricam-se bodes expiatórios. Não há como atirar o real na cara de uma massa hipnotizada, cada vez mais inerte, abobalhada,que já não consegue enxergar nada que não tenha o brilho falso da propaganda da atual ditadura. Cegueira generalizada, contagiosa, atingindo todas as camadas, inclusive as supostamente mais cultas. Não somos hoje, diferentes do povo norte coreano ou cubano.
“...esta aptidão, particular ao homem , de resistir a toda informação exterior quando esta não concorda com a ordem da expectativa e do desejo, de ignorá-la se for preciso e a seu bel-prazer; a possibilidade de opor a ela, se a realidade insiste, uma recusa de percepção que interrompe toda controvérsia e encerra o debate, naturalmente às custas do real. Esta faculdade de resistência à informação tem algo de fascinante e de mágico, nos limites do inacreditável e do sobrenatural: é impossível conceber como se utiliza o aparelho perceptivo para não perceber, o olho para não ver, o ouvido para não ouvir.” (Clément Rosset,O princípio de Crueldade)