O
militante de esquerda é apenas uma vítima de patologias psiquiátricas, mas perigoso, que
considera todos os competentes como inimigos que estão roubando suas
oportunidades de subir, embora defenda uma sociedade de igualdade
onde comprovadamente, todos são rebaixados para a pobreza. Esse
desastre ocorreu em todos os países em que a esquerda fanática,
através de fraudes, pela força ou pelo populismo sobre povos
culturalmente atrasados
tomou o poder, mas eles piamente acreditam que o fracasso é devido a fantásticas intervenções do demônio capitalista, da sabotagem dos fascistas, embora não saibam definir o que é fascismo, e nele coloquem todos os que não são do Partido, a entidade pura e sagrada. Jamais o caos que produzem na economia do país é culpa deles. O canto da sereia é pensar que ele, o militante,
com sua boina, estrela, camiseta vermelha e barbinha - o kit-cretino
- após chegar ao poder tomará o paletó e a gravata do patrão e
sentará em sua cadeira! Porque em sua cabecinha oca o patrão não é
aquele
lhe dá emprego, é aquele que o explora. Não perca tempo discutindo
com um militante; suas respostas serão fora do contexto, pois são
pré-fabricadas e eles as repetem à exaustão; se encurralados,
erguerão o punho cerrado e começarão a gritar as palavras de
ordem, as mesmas desde 1917...
Republico
abaixo as palavras de Marcello Caetano, que sem a minha deselegância,
melhor definem um militante revolucionário" e vestem sob
medida os patetas petistas:
"...O
militante revolucionário é por via de regra
uma
pessoa completamente fora das realidades, que abdicou de pensar pela
própria cabeça.
O
partido toma conta de toda a sua personalidade e, através de sua
doutrina, fornece-lhe uma imagem do mundo que a ela corresponde e não
àquilo que existe, e que
ele
aceita sem qualquer espírito crítico
porque
comodamente se encostou a uma construção onde a reflexão e a
dúvida não podem ter lugar. O mundo passa a ser, não aquilo que
efetivamente se está a viver, mas o corpo das teorias e dos factos
deformados, das interpretações oficiais do Partido, sobre o que, em
nome do interesse superior deste, da
revolução
social que ele encarna,
não se sente no direito de levantar a mínima interrogação. Se for
preciso defender hoje o que se condenava ontem, não hesita em
fazê-lo, se essas forem as indicações.
A vida, para o militante comunista, não é esta realidade vária, complexa, contraditória, de que o mundo é feito e que constitui a impossibilidade de o definirmos e interpretarmos através dum sistema. Não, é um mundo de situações-tipo, de palavras-chave, de abstrações e de fórmulas. Aquilo que chamam a “burguesia” acaba por ser uma entidade abstrata para onde transportam todos os vícios e donde fazem partir todos os males. Por outro lado, o “trabalhador” é também um ser mítico, ornado de todas as heroicidades, onde os próprios trabalhadores raramente se reconhecem. Mas a verdade é que, não obstante esta situação estar há muito evidente e descrita, muitas pessoas continuam sensíveis à miragem das promessas...”
A vida, para o militante comunista, não é esta realidade vária, complexa, contraditória, de que o mundo é feito e que constitui a impossibilidade de o definirmos e interpretarmos através dum sistema. Não, é um mundo de situações-tipo, de palavras-chave, de abstrações e de fórmulas. Aquilo que chamam a “burguesia” acaba por ser uma entidade abstrata para onde transportam todos os vícios e donde fazem partir todos os males. Por outro lado, o “trabalhador” é também um ser mítico, ornado de todas as heroicidades, onde os próprios trabalhadores raramente se reconhecem. Mas a verdade é que, não obstante esta situação estar há muito evidente e descrita, muitas pessoas continuam sensíveis à miragem das promessas...”