segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Eleições 2018 - Apenas combata as fraudes, não tente resgatar um eleitor petista


O militante de esquerda é apenas uma vítima de patologias psiquiátricas, mas perigoso, que considera todos os competentes como inimigos que estão roubando suas oportunidades de subir, embora defenda uma sociedade de igualdade onde comprovadamente, todos são rebaixados para a pobreza. Esse desastre ocorreu em todos os países em que a esquerda fanática, através de fraudes, pela força ou pelo populismo sobre povos culturalmente atrasados tomou o poder, mas eles piamente acreditam que o fracasso é devido a fantásticas intervenções do demônio capitalista, da sabotagem dos fascistas, embora não saibam definir o que é fascismo, e nele coloquem todos os que não são do Partido, a entidade pura e sagrada. Jamais o caos que produzem na economia do país é culpa deles. O canto da sereia é pensar que ele, o militante, com sua boina, estrela, camiseta vermelha e barbinha - o kit-cretino - após chegar ao poder tomará o paletó e a gravata do patrão e sentará em sua cadeira! Porque em sua cabecinha oca o patrão não é aquele lhe dá emprego, é aquele que o explora. Não perca tempo discutindo com um militante; suas respostas serão fora do contexto, pois são pré-fabricadas e eles as repetem à exaustão; se encurralados, erguerão o punho cerrado e começarão a gritar as palavras de ordem, as mesmas desde 1917...

Republico abaixo as palavras de Marcello Caetano, que sem a minha deselegância, melhor definem um militante revolucionário" e vestem sob medida os patetas petistas:

"...O militante revolucionário é por via de regra uma pessoa completamente fora das realidades, que abdicou de pensar pela própria cabeça. O partido toma conta de toda a sua personalidade e, através de sua doutrina, fornece-lhe uma imagem do mundo que a ela corresponde e não àquilo que existe, e que ele aceita sem qualquer espírito crítico porque comodamente se encostou a uma construção onde a reflexão e a dúvida não podem ter lugar. O mundo passa a ser, não aquilo que efetivamente se está a viver, mas o corpo das teorias e dos factos deformados, das interpretações oficiais do Partido, sobre o que, em nome do interesse superior deste, da revolução social que ele encarna, não se sente no direito de levantar a mínima interrogação. Se for preciso defender hoje o que se condenava ontem, não hesita em fazê-lo, se essas forem as indicações.
A vida, para o militante comunista, não é esta realidade vária, complexa, contraditória, de que o mundo é feito e que constitui a impossibilidade de o definirmos e interpretarmos através dum sistema. Não, é um mundo de situações-tipo, de palavras-chave, de abstrações e de fórmulas.
Aquilo que chamam a “burguesia” acaba por ser uma entidade abstrata para onde transportam todos os vícios e donde fazem partir todos os males. Por outro lado, o “trabalhador” é também um ser mítico, ornado de todas as heroicidades, onde os próprios trabalhadores raramente se reconhecem. Mas a verdade é que, não obstante esta situação estar há muito evidente e descrita, muitas pessoas continuam sensíveis à miragem das promessas...”