terça-feira, 19 de abril de 2011

Entregar armas anonimamente é crime!

Por Fabricio Rebelo*
A nova campanha de desarmamento voluntário do Ministério da Justiça, que começa no próximo dia 06 de maio, traz como grande atrativo para o cidadão a possibilidade de entregar armas de forma supostamente anônima, recebendo um crédito para saque em dinheiro no Banco do Brasil, aparentemente sem maior burocracia. É nisso, inclusive, que vêm apostando o Ministro da Justiça e as demais entidades antiarmas envolvidas na campanha para que esta seja exitosa.
Contudo, ao que parece, os idealizadores de mais essa investida contra as armas esqueceram de que a entrega “anônima” é ilegal. Quem simplesmente sair de casa com uma arma para entregar em qualquer posto de recolhimento poderá ser preso por porte ilegal de arma.
De acordo com o atual estatuto do desarmamento, o transporte de arma de fogo pelo cidadão, seja qual for a circunstância, somente pode ser autorizado pela Polícia Federal e, ainda assim, apenas de relação a armas de calibre permitido, pois que a lei sequer prevê a possibilidade de um civil possuir armas de calibre restrito.
O art. 10 do estatuto é bastante claro:
“A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.”
O regulamento do estatuto (Decreto nº 5.123/04) é igualmente translúcido ao regular as hipóteses de transporte, deixando patente que este somente poderá ser realizado após prévia autorização:
Art. 28. O proprietário de arma de fogo de uso permitido registrada, em caso de mudança de domicílio ou outra situação que implique o transporte da arma, deverá solicitar guia de trânsito à Polícia Federal para as armas de fogo cadastradas no SINARM, na forma estabelecida pelo Departamento de Polícia Federal. (grifo pós-posto)
Sem a autorização expedida pela Polícia Federal, o indivíduo que estiver transportando arma de fogo estará incorrendo no crime de porte ilegal de arma. É isso que estabelece a Lei nº 10.826/03:
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
[...]
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Como se vê, a lei não traz exceção. Portar ou transportar arma de fogo sem autorização prévia é crime. Portanto, sob a égide legal, não existe possibilidade de qualquer cidadão se dirigir a um posto de coleta de armas sem estar munido de uma prévia autorização expedida pela Polícia Federal; se o fizer, cometerá um crime.
No caso, a autorização para o transporte da arma corresponde a um documento denominado “guia de trânsito”, no qual são registrados, dentre outros, os dados da arma, o trajeto e a qualificação do responsável. Novamente, mesmo para a hipótese de entrega voluntária, as leis sobre o tema são claras:
Estatuto do Desarmamento, art. 32: “Os possuidores e proprietários de arma de fogo poderão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e, presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual posse¹ irregular da referida arma.” (¹ e não “porte”).
Decreto nº 5123/04, art. 70, §1º: “Para o transporte da arma de fogo até o local de entrega, será exigida guia de trânsito expedida pela Polícia Federal, ou órgão por ela credenciado, que contenha a especificação mínima dos dados da arma, de seu possuidor, o percurso autorizado e o prazo de validade, que não poderá ser superior ao necessário para o deslocamento da arma do local onde se encontra até a unidade responsável por seu recebimento.”
Como se infere, não se trata de um documento anônimo, circunstância que contradiz a suposta garantia de anonimato anunciada pelo Ministério da Justiça.
Por outro lado, deve-se registrar que o mesmo Ministério da Justiça também divulgou que haverá, em cada posto de coleta de armas, um policial, a fim de dar segurança ao local.
Pois bem. No posto de coleta, este policial terá o dever funcional de checar cada um dos cidadãos que ali chegarem para a entrega de armas, a fim de conferir se o transporte destas foi autorizado, autuando em flagrante os que não dispuserem de tal autorização. Se não agir assim, estará o policial cometendo, ele sim, outro crime, qual seja o de prevaricação (deixar de praticar ato de ofício, art. 319 do Código Penal).
Desse modo, conclui-se que a alegada entrega anônima de armas na nova campanha do desarmamento voluntário é completamente incompatível com as leis vigentes no país, pois que, repita-se, levar uma arma a qualquer posto de coleta sem expressa autorização da Polícia Federal configura porte ilegal de arma de fogo.
Não se pode admitir que o Ministério da Justiça, mesmo em indisfarçável afã de desarmar o cidadão de bem, esteja propondo que isso se faça em desrespeito, até mesmo, à lei penal, até porque, se assim o for, não haverá como distinguir cidadãos de bem, eventualmente convencidos pelos argumentos antiarmas, e os criminosos com armas para fins delituosos. A estes, prevalecendo a orientação do Ministério da Justiça, bastaria que, se flagrados portando ilegalmente armas de fogo, alegassem que as estavam indo entregar em um posto de coleta, o que os eximiria de exibir qualquer documento sobre arma e mesmo sua própria identidade. Afinal, pelo quanto simploriamente divulgado, estaria garantido o anonimato na entrega(!).
Sem esforço, nota-se o completo absurdo jurídico-legal em meio ao qual se inicia a nova campanha de desarmamento voluntário. É a pura ideologia desarmamentista se expressando sem o menor comprometimento sequer com o Ordenamento Jurídico pátrio. E mais estarrecedora é a constatação de que isso ocorre sob a chancela expressa do Ministério da Justiça.
* Fabricio Rebelo é bacharel em direito, pesquisador em segurança pública e coordenador da ONG Movimento Viva Brasil para a região Nordeste.

Reproduzi o presente texto,devidamente autorizado,pela sua importância ao deixar claro o laissez faire dominante no governo petista,onde membros e ministérios se atropelam,se sobrepõe,decidem arbitrariamente sem consultar profissionais das áreas afetadas,ou seja,um total desrespeito não só com o País,mas com a própria chefe de governo,que pelo visto,apenas posa de sargentona mas tem a mesma atuação pífia que manteve como terrorista...

Nova campanha do desarmamento:agora a arma,após,a alma...

Cidadãos brasileiros e turistas:
cuidado,vocês podem ser vítimas de balas perdidas a partir  do próximo mês! A intenção do Ministério da Justiça é ter pelo menos um posto de recolhimento do armas em cada município do país,ou seja,quase 6000 pontos,mais centenas nas grandes cidades,mais postos policiais,igrejas e ONGs. Na distante hipótese de que nossas autoridades saibam o que estão fazendo,em cada um desses milhares de postos autorizados deverá ter a presença de dois policiais para a segurança ou um policial e uma pessoa devidamente treinada para manusear armas de fogo. Quem seria? Pedirão aos atiradores esportivos para colaborar? Ao patriótico Movimento Viva Brasil? Porque não se brinca com armas;uma pistola,um revólver,caras autoridades,não é para mãos de membros de Ongs,delicadas figuras "Sou da Paz",pessoal do chopinho do Viva Rio ou o pároco local...Não se pode simplesmente pegar o armamento com a ponta dos dedos,com um arzinho de repulsa e dar-lhe uma cacetada com uma marreta! Empunhadura correta em local correto,retirar carregadores,esvaziar tambores,dar golpes na culatra,inspecionar cano,armazenamento seguro e apropriado das munições...Querem apostar que vai ter voluntários da paz dando martelada na munição? E isso não pode ser ensinado num cursinho de fim de semana,essa segurança no manuseio só se adquire com o tempo. Quantos policiais serão retirados das ruas para atender esta campanha,que se estenderá até o final do ano? Quem vai garantir à Dona Maria que ela não vai levar uma bala perdida na missa de domingo? E sem dúvida,as armas devem ser destruídas na frente de quem entrega,pois não devemos esquecer que após as campanhas anteriores,algumas foram recuperadas nas mãos de bandidos,precisamos é de campanhas para desarmar as autoridades responsáveis pelo desarmamento,tem muita coisa estranha acontecendo por aí. Diferentemente das campanhas anteriores,o pagamento será simplificado,para que não se apresente documentos pessoais... Atenção adolescentes da droga,acabou-se o sufoco de tentar vender as jóias da mãe ou o relógio do pai,é só pegar a arma do velho que está em cima do guarda-roupa e levar lá,numa boa,o pessoal do governo é gente fina,vai dar uns 30 papelotes! A campanha foi antecipada após o ataque à escola em Realengo,mostrando ao mundo,principalmente aos EUA,campeão em assassinatos em massa nas escolas,que eles são estúpidos,pois logo que o primeiro massacre ocorreu no Brasil,nossas inteligentes autoridades e Ongs já acharam a solução! Brilhante! É o aprimoramento de nosso teatro político,apostando na imbecilidade do povo para seus efeitos eleitoreiros e outros mais sinistros,mesmo que seja subindo em cadáveres de crianças para ganhar mais visibilidade. Mas não há porque se preocupar enquanto o governo pedir a entrega voluntária;será apenas perda de tempo,fracasso garantido e dinheiro do contribuinte,como sempre, jogado fora,pois os carneiros que tinham armas e consideravam-nas supérfluas já as entregaram nas campanhas anteriores. O número de outros inconsequentes e ingênuos será mínimo. Devemos ficar atentos,sim,é com as maquinações do Coronel Sarney e seu afilhado,o novato deslumbrado,Kung Fux,que metralham ideias perigosas para todo lado e podem ferir de morte a Constituição. Aí então,nós,cidadãos honestos que respeitamos em primeiro lugar a família e o lar,que são os reais sustentáculos da Nação,daremos graças por não havermos entregado nossas armas de defesa. Se tivermos que transformar nosso lar em uma trincheira,podem estar certos que o faremos e não seremos poucos em defesa da sobrevivência do Estado e da Democracia verdadeira. Lutaremos o bom combate,pois a Justiça estará conosco.