Completo 71 anos nesse mês
(Março) e vejo com estoicismo a opção racional e não emocional
que as nações devem ter nesse momento, questionando:
-Quantos
idosos acima de 70 anos morrem diariamente no mundo por doenças ou causas
naturais? Quantos morriam na populosa Itália, por exemplo? Quantos morriam num surto de gripe comum? A
diferença é que devido ao Covid 19 esses
idosos morrem concentrados nos hospitais com alarde e não silenciosamente em suas
casas, com a comoção atingindo apenas seus familiares, simples
notícias de falecimento em jornaizinhos locais. E quais os números atuais da já esquecida e menos midiática dengue?
Pressionados
pela mídia e engolfados na eterna escaramuça política, os
dirigentes tomam medidas bombásticas, de efeito, cada um tentando
ser mais “eficaz” que seus adversários, não se preocupando
realmente com a população e sim com seu prestígio, pensando em
próximas ou distantes eleições. O verdadeiro vírus que deve ser
combatido chama-se Político Profissional e não os coronas e
afins.
Paralisar um
país, inviabilizar a economia, provocar demissões em massa, atingir
justamente a classe sem reservas financeiras que garimpa seu pão dia
a dia, algemar 80% que produzem para proteger 20% que já não
contribuem e estão com um pé na cova -sinto muito, mas estou sendo
racional em prol de resultados menos trágicos- é uma estultice! O
que mais ficou claro nessa corrida em tentar entender e se defender
do novo coronavírus é que as crianças -o futuro- e os jovens, a
população forte e produtiva -o presente- e mesmo idosos sem
comorbidades, passam galhardamente pela infecção, sem maiores
sequelas. É injustificável portanto que se paralisem países,
provocando um desastre econômico de difícil recuperação,
principalmente nas nações mais pobres ou emergentes, resultando
certamente em muito mais mortes seja por doenças causadas pelo
isolamento forçado, seja por fome, desemprego, caos econômico,
político e social. Deixem a infecção ser tratada pela sábia
natureza, saiam do caminho!
Para
proteger o passado, estamos sacrificando o presente e destruindo o
futuro!
Pedro
Marangoni, 71 anos.
Atualização em 25/03: Um texto sensato sobre o assunto, por Alexandre Garcia