Pobre Brasil, qualquer pediatra vê que essa criança deixou de crescer, os sintomas são claros, além da perda rápida da gordura acumulada tempos atrás. Pouco a pouco perdeu os verdadeiros amiguinhos e por imposição da monstruosa madrasta vai convivendo com menores do crime, gente de maus costumes, até de bairros distantes, evitados por crianças normais. Perdeu seu quintal e todos os brinquedos, tomados pela numerosa família de desocupados da madrasta que os trouxe para a casa que dela não era. Aliás casa que ela quando jovem assaltara várias vezes com seus comparsas de crime. Depois, esperta, vestiu-se de boa moça e após seu cúmplice assassinar a Democracia, mãe biológica do Brasil, conseguiu enganar e matar o viúvo pouco a pouco e depois apoderou-se de tudo qual grande senhora. E aí começaram os dias de penúria para a pobre criança. Era um Brasil alegre, brincalhão, com boas amizades, estudava. Crescia normalmente, aos poucos ia ficando mais forte, orgulho de seu pai. Hoje, já não estuda, não brinca nas ruas, permanece sentado numa sala cada vez mais suja assistindo repetidamente as mesmas fábulas... Desaprendeu até a jogar futebol. Criança perdida, inferiorizada, confusa com as mentiras que a madrasta e sua família falam sobre seus pais mortos... Hoje, dia dos pais, triste, sente saudades da mãe Democracia, sente falta da proteção dos tios que nunca mais apareceram, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. E chora pelo pai perdido, o Futuro...