quarta-feira, 5 de junho de 2013

Contaminação dos rios:o garimpo,o mercúrio e ...a jurubeba!

Estava a ler o mineiro Agripa Vasconcelos (1896-1969) médico e escritor com vasta obra destacando-se a coleção Saga do País da Gerais:sete volumes retratando o ciclo do latifúndio,do ouro,do povoamento,da agropecuária,do diamante,da escravidão,e do café e abolição,com seriedade e fidelidade aos dados históricos,um retrato detalhado do nascimento e vida de Minas Gerais.

Tenho a coleção acima citada,da Editora Itatiaia,1966,e começava a leitura de “Sinhá Braba”,o volume sobre o” Ciclo Agropecuário nas Gerais”,quando,a exemplo do eficiente
"shampoo" que descobri na obra de Eça,”O Mandarim”,também neste encontrei uma informação interessante acerca dos procedimentos do garimpo de ouro na época,século XVIII. Na página 22,topo:”quando queriam apurar o ouro fino das bateias,os escravos derramavam um pouco de suco de folhas do maracujá,de jurubeba ou assa-peixe e o ouro em pó instantaneamente se precipitava,no fundo da gamela.” 

Pois então,os gajos! E aqui no presente nossos rios da Amazônia são poluídos pelo perigoso mercúrio que também quando da queima para separar o ouro emite gases tóxicos inalados pelo garimpeiro,pois a queima é feita na própria bateia. E pior de tudo isso é tornar perigosas aquelas saborosas costelinhas de tambaqui na brasa,um crime! Já comi muito peixe contaminado e inalei os tais gases perigosos,no Rio Madeira e na serra do Tumucumaque e nunca vi nenhum ecochato propondo essa medida “ecológica” tão ao gosto dos mocinhos e mocinhas verdes. Nem li nenhum artigo a respeito. Então fica a dica para os ecochatos,verdes & afins estudarem e testarem:suco de folhas de maracujá,jurubeba ou assa-peixe; precipitando o ouro em pó com a bateia inclinada o separa da areia e diminui o tempo de trabalho,sobrando energia para limpar o ouro sem a ajuda do mercúrio. Nossos rios e meus rins agradecem.