“Todos os homens reconhecem o direito de revolução,isto é,o direito de recusar lealdade ao governo e opor-lhe resistência, quando sua tirania ou sua ineficiência tornam-se insuportáveis”(Thoreau)
Não temos, nunca tivemos, no Brasil,líderes naturais, homens nascidos para comandar. Não temos, no Brasil,uma raça que seja maioria e que pense de maneira uniforme. Desprezamos a história da formação deste improvável país,não mantemos tradições, não solidificamos qualquer noção, ideais, rumos comuns que nos possam guiar em conjunto. Invasões estrangeiras no período colonial deram faces diferentes às regiões, imigrações europeias concentradas em busca de clima ou solos compatíveis, também. São muitos países dentro do enorme espaço chamado Brasil, muitos os povos, de língua comum mas sotaques diferentes, aparência física distinta, comidas próprias, costumes estranhos aos demais e mesmo sujeitos à discriminação em suas migrações.
O verdadeiro brasileiro, o indígena, foi sendo dizimado no decorrer do tempo e os colonizadores assumiram o comando do território e é ridículo assistir os pseudo intelectuais, barbudinhos de esquerda, criticarem o período colonial em África e regojizarem com as desastradas independências que levaram o continente negro ao caos e à miséria. Somos todos filhotes dos colonialistas que invadiram, massacraram os nativos e conquistaram à força o local onde escolhemos para viver. Mas apenas cinco séculos não são aval para uma construção de uma Nação, pois não houve uma uniformidade de povos ocupantes. Somos várias nações incipientes que podem se desenvolver com mais sucesso se separados.
Alguém imaginava a antiga URSS, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas sendo desmembrada? Mas lá estão hoje, cada uma cuidando de sua vida, rumo à modernidade, livres de um governo central sem identidade com todos, que apenas os explorava para benefício de poucos. Em sentido contrário, acalmando os mais xenófobos, inocentes úteis que pensam possuir e ter direito a um verdadeiro sentimento pátrio, brasileiro, que abominam qualquer tentativa de separação ou de federalização mais radical, está a Comunidade Europeia, sem fronteiras e com moeda comum, mas mantendo a identidade cultural de cada país, sua língua, seus costumes, suas cores em benefício comum. É possível e se torna cada vez mais premente acabar com o colonialismo predador emanado por Brasília, com sua derrama em busca do ouro conseguido com suor e sacrifício das mais variadas regiões pelos homens-bons e suas ameaças de confisco, prisão, as perseguições, o esquartejamento e exposição em praça pública que hoje é realizado de forma mais sutil, covarde,que mata em vida cidadãos, empresas ou Estados que ousem confrontar a Coroa. Bandos de piratas e bandoleiros hoje denominados de políticos se dividem sob eufemismos de opções partidárias para que possam arrebanhar sequazes de todos os matizes e em seu nome, demonstrando força, disputar o butim, que não é usado para a plebe como prometido, mas para o fausto dos bailes da Corte, os castelos, as cavalariças e carruagens imponentes.
Dividindo-se este imenso território sem lei teremos mais controle da rapinagem, estaremos mais próximos do poder central e, em espaços geográficos menores, o equilíbrio de forças será mais equitativo.
Aparecerão vários reis e tiranetes novamente, uma característica inerente ao ser humano, mas regionais, conhecidos, identificados com seu povo e mais fáceis de controlar, pois nossa mão estará mais perto de seus pescoços...