A Deutsche Welle Brasil entrevistou quem entende sobre a controversa quarentena e o resultado é bem claro até mesmo para a Dona Maria lá de Hortolândia:
"O problema de sair da quarentena é o seguinte: você só vai poder sair com certeza, quando todas as pessoas ou 80% da população estiver imunizada". (Fernando Reinach, biólogo e colunista de O Estado de S. Paulo.)
"A ideia do isolamento não é evitar que se pegue o coronavírus, mas que não se tenha um grande contingente da população contaminado ao mesmo tempo, sobrecarregando o sistema de saúde." (pneumologista Carlos Alberto Barros Franco)
A finalidade da quarentena não é um simplório "fiquem escondidos em casa que o vírus não acha ninguém, fica chateado e vai embora..." H1N1, sarampo, tuberculose, ebola, etc, etc, todas as doenças do presente e passado estão por aí, umas já com vacina descoberta, outras não. Quando, por simples incidente, casualidade, infectam alguém, quase todos ao redor do azarado já foram de alguma forma expostos e estão com as defesas preparadas ou vacinados e a contaminação não segue em frente, não se transformando numa epidemia ou pandemia. Ah, então porque não deixar todos a vontade, sem medo, e enfrentar logo o inimigo? Como disse o pneumologista Barros Franco, a "finalidade é não sobrecarregar o sistema de saúde", não é a de evitar o vírus! Digerir a pandemia em fatias, uma a uma, dentro da capacidade de cada país. Ou a indigestão será inevitável. Evita que se morra por falta de leitos, UTIs, medicamentos e não pela infecção em si.
Resumindo, fique quieto em casa, escondido do bichinho, sabendo que provavelmente ele vai acabar te pegando, mas quando isso acontecer, a multidão que ficou saracoteando pelas ruas e depois teve que se espremer para conseguir um disputado oxigênio e levar com tubos goela abaixo, já desocupou os leitos e respiradores para você. Ou até mesmo medicamentos eficazes ou uma vacina já tenham aparecido...
Simples assim.