Que me desculpem os que amam o Brasil como uma Nação. Já fui assim um dia,vesti a farda,jurei a bandeira. Mas não somos,não conseguimos ser,não nos tornamos um país. Continuamos ao longo dos 500 anos de história a ser o Porto de Piratas,a Terra de Degradados,Pátria de Aventureiros. Não há raça brasileira,não existe um brasileiro típico. No mesmo formato da união forçada de tribos diferentes com que os europeus deram origem aos problemáticos países africanos de hoje,o Brasil foi fabricado em sua imensidão territorial por povos diferentes ou de mesma origem mas que pelas características geográficas como terreno,clima,isolamento,países vizinhos e características sociais como a influência de novos imigrantes,se desenvolveram por outros caminhos. Pequenos países com seus povos característicos espremidos debaixo de uma mesma bandeira. Temos que ter a coragem de admitir que continuamos a ser o tal país que não é sério,volta e meia alvo de chacota mundial. No início de 2012 escrevi um artigo sobre o Brasil em extinção:do governo militar ao popular,do popular à anarquia, continua válido,mais válido ainda com os desvarios da búlgara Rainha Louca e um Congresso ao sabor dos ventos,enquanto o povo é jogado para todos os lados. Estamos num enorme barco desgovernado,reféns dos comandantes de turno que se revezam em sua incapacidade ou demência e os rumos se alternam a todo momento. Em todos os países que já vivi,nunca senti uma insegurança tão grande em relação ao futuro de minha família e meus bens como neste território sul americano em perpétua gestação política e social que nunca chega ao parto. É tempo desta família de adotados que mal se conhecem e se esbarram politicamente pegarem um rumo na vida,criarem seu espaço no formato de suas mentes,de seus corações,sem falsos e burros nacionalismos vazios. Fará bem a todos. Como escrevi no mencionado artigo,que cada região cuide,aproveite ou sofra as consequências de sua produção de eleitores,sapiens ou neandertais. O Brasil está agonizando,a bandeira foi rasgada. Que nasçam novos países. Que cada um usufrua de suas colheitas;que cada um cuide de seu lixo.