segunda-feira, 14 de maio de 2012

Filosofia Flex:Defesa de animais - a emotividade que discrimina




PQP... que dia... segunda-feira chuvosa, não passa. São 11:32H e após o café da manhã, já tracei um ovo com bacon e meia hora atrás almocei adiantado por falta de alternativas. Requentado de ontem, acompanhado de um vinho tinto, tá friozinho. Tinha por norma o “se beber,não escreva”e troquei por “se beber, aproveite para escrever, mas não publique de imediato”. Dá certo. Depois remende ou apague...
Não me deixo levar por picuinhas latino americanas. Tanto é que aprecio o vinho argentino,acredito que poucos vinagres o superam para temperar carnes fortes. Uso sempre e havia comprado um Malbec dos hermanos, curioso com a casta que não conhecia. Bebi agora no almoço requentado já que não me senti tentado a sair para comprar um honesto e barato Merlot nacional, sempre bom. Bebi e já estou a filosofar, lembrando até no vinho químico que derrubou a barraquinha do Chef Atala no Minhocão. Também é bem feito, ô Atala, tudo bem desfilar de despreconceituoso, mas barraquinha no Minhocão é exagero, é melhor ficar servindo a Dona Zelite.
Mas por que estou falando de Minhocão? Ah, é isso,dos animais, título do texto. Minhoca também é animal, embora sem defensores, acredito eu. Desviei-me do assunto,filosofia flex, movida a álcool argentino... Bem, sou defensor dos animais também, exceção aos chamados humanos. Se a opção da tal ilha deserta de sempre -onde ainda tem uma?- fosse entre um humano e um cão, escolheria sem precisar pensar o cão. Amigo, fiel, adulador do nosso carente ego, prestativo, defensor. Em tempo: quando digo humano, me refiro aos símios mais ou menos peludos chamados homens. Porque obviamente entre o maravilhoso cão e uma execrável mocreia, ia de mocreia mesmo pra tal ilha solitária. Dos males o menor. Mulheres não pertencem à classe dos seres humanos, são seres divinos. Incluindo aí 51% delas, as demoníacas, que fazem de nossa vida um inferno. Se Lúcifer era um anjo, obra de Deus, tudo é criação divina, pois! (maldito vinho argentino...) Bem que os fabricantes tentam avisar, Malbec, da próxima procuro um Bembec.
Mas qual era mesmo o assunto?
Defesa dos animais. Concordo plenamente. Mas por que raios todos condenam -eu incluso- o caçador que com um disparo termina com a vida plena de um animalzinho que sempre correu livre pelos campos até aquele momento e, enquanto comem uma picanha na brasa pouco se importam com o criador que desde o nascimento tolhe um animal, que muitas vezes jamais conhecerá o gosto de correr em campo aberto ou mesmo de alguns passos mais largos, confinado, para depois, aterrorizado, entrar na fila onde contempla seus irmãos serem mortos à sua frente? E todos se encantam com o olhar doce dos cãezinhos (eu também, Chapuço,meu pastor,saudades eternas!) e não estão nem aí para os peixes, de olhos esbugalhados, morrendo lentamente sufocados, depois de terem a boca rasgada por um anzol e levado umas cacetadas na cabeça... Peixe não é animal? E a minhoca que teima em aparecer no texto, lá no anzol empalada? Ah, é que não nos identificamos com eles em nosso egoísmo.


Lembrei-me de quando bati de frente com uma colega coreana:
-Vocês comem os coitados dos cãezinhos! E ela retrucando, certíssima:
-E vocês não comem galinhas? E eu, egoísta:
-Mas as galinhas não vêm abanando o rabo quando chego em casa!

Defendemos apenas nossa satisfação, nada a ver com os animais propriamente ditos!
Ressaca...

Acho que comerei algo leve no jantar. Um linguado na brasa com manteiga. Imaginaram uns siris fresquinhos, jogados vivos na água fervente, prontos em minutos, com um (bom) vinho branco? De chorar por mais... Se continuar chuvoso amanhã, galinha à molho pardo, é só comprar ela viva, cortar o pescoço sobre uma vasilha com um pouco de vinagre para o sangue recolhido não talhar e fazer o molho. Uma delícia, com polenta...
Saalveeem as... baleias!

(arroto)