sexta-feira, 9 de março de 2012

Thoreau,o Brasil Petista e os militares de madeira

Henry Thoreau,considerado pai do anarquismo,sintetizou em seu ensaio “A desobediência Civil”os sentimentos do homem a respeito dos governos e governantes. Nada vou acrescentar ou comentar,sou apenas um cidadão que procurou viver e servir ao Estado como Homem e não como um espantalho ou um boneco de madeira. Abismado com o nivelamento à lama de nossos homens em armas,apenas irei citar abaixo algumas frases do célebre pensador -os negritos são meus- fora da ordem de sua publicação,mas suficientes para que os que pretendem servir à Pátria com sua consciência,meditem:
Todos reconhecem o direito à revolução, ou seja, o direito de recusar lealdade ao governo e de opor-lhe resistência quando sua tirania ou sua ineficiência tornam-se insuportáveis. No entanto, quase todos dizem que não é o caso no momento atual.

...quando sua tirania ou sua ineficiência tornam-se insuportáveis

Todas as máquinas têm seu atrito e talvez isso faça com que o bom e o mau se compensem. De qualquer modo,seria bastante nocivo fazer muito alvoroço por causa disso. Mas quando o atrito chega ao ponto de controlar a máquina e a opressão e o roubo se tornam organizados,digo que não devemos ficar presos a tal máquina.
A grande maioria dos homens serve ao Estado não na sua qualidade de homens, mas sim como máquinas,com seus corpos. Eles são o exército permanente, a milícia, os carcereiros, os policiais,os membros da força civil,etc. Na maior parte dos casos não há qualquer livre exercício de escolha ou de avaliação moral; ao contrário, estes homens nivelam-se à madeira, à terra e às pedras; e é bem possível que se consigam fabricar bonecos de madeira com o mesmo valor de homens desse tipo. Não são mais respeitáveis do que um espantalho ou um monte de lama. Valem tanto quanto cavalos e cachorros. No entanto, é comum que homens assim sejam apreciados como bons cidadãos. 

 e é bem possível que se consigam fabricar bonecos de madeira com o mesmo valor de homens desse tipo. 

Há outros, como a maioria dos legisladores, políticos, advogados, funcionários e dirigentes, que servem ao Estado principalmente com a cabeça, e é bem provável que eles sirvam tanto ao Diabo quanto a Deus – sem intenção - pois raramente se dispõem a fazer distinções morais. 

...raramente se dispõem a fazer distinções morais

Há um número bastante reduzido que serve ao Estado também com a sua consciência; são os heróis, patriotas, mártires, reformadores e homens, que acabam por isso necessariamente resistindo mais do que servindo e o Estado trata-os geralmente como inimigos.

Há um número bastante reduzido que serve ao Estado também com a sua consciência

Escolham seu lado.