Crime é toda ação culpável,ilícita,que vai contra normas jurídicas pré estabelecidas. No conceito analítico,ajunta-se também o termo omissão,contrapondo-se à ação delituosa. Praticamente estamos todos enquadrados,desde os governantes até a Dona Maria. Como nas definições dos transtornos psíquicos:ninguém escapa.
Notei nos últimos pronunciamentos do Ministro da Justiça,José Eduardo Cardozo,uma certa insistência em falar do combate ao crime organizado e a citação de que o Estado faz acordos tácitos com o crime organizado. Depois descaracterizou esta confissão de cumplicidade,afirmando que é "preciso reconhecer a presença do crime organizado no território nacional e combatê-lo. Não adianta fingir que não existe". Acordo tácitos com o crime organizado não é só comportamento de omissão -crime- das autoridades,é sim,também o acordo real,enquadrado em todas as definições da palavra acordo. Embora a maioria da população tenha acreditado e aplaudido entusiasticamente a guerra contra o tráfico nos morros do Rio de Janeiro,com um aparato governamental pirotécnico,blindados,tropas especiais,helicópteros,qual foi o resultado real,palpável dessa ação? Onde estão os mortos?Os feridos?Os traficantes capturados? Os poucos exemplares eram problemas internos a serem resolvidos. Foi uma guerra com aviso prévio,imprensa e inimigos avisados com antecedência. Os traficantes tiveram tempo até de alugarem suas casas antes de se mudarem. Um verdadeiro,puro,acordo tácito entre as facções – governo/traficantes - para desocuparem as comunidades.(no Brasil acabaram-se as favelas).
Alguém está notando viciados desesperados pelas ruas do Rio em busca da droga? Não,pois não há desabastecimento no mercado,nem mesmo um aumento de preço do produto por momentânea escassez... No acordo,simplesmente em troca de deixarem de lado as demostrações de força ostensivas,que colocava os cúmplices legais em constrangimento e continuadamente cobrados pela imprensa e população,os traficantes passaram a atuar de maneira discreta,intensiva,com muito mais resultado econômico e segurança para eles. Todo mundo feliz neste teatro social:governo,traficantes,população,imprensa e consumidores de drogas. E não me faça essa cara Dona Maria,até mesmo a senhora achou,no fundo,no fundo,tudo muito fácil,um problema antigo,complicado,resolvido assim,de uma hora para outra...
Tem algo de podre sendo tramado neste Reino Petista.
Paulatino descrédito das forças policiais estaduais,como já o fazem com as Forças Armadas,para um futuro controle total,operacional e político, por parte do governo federal? À ditadura petista interessa,como rezava a guerra revolucionária de seus antigos patrões e instrutores -a falecida URSS- a dissolução da família e a destruição de todos os valores que possam provocar reações por parte de uma população transformada em manada dócil.
E nessa linha,o Ministro não deixou de mencionar o desarmamento do cidadão honesto,mais um acordo tácito necessário pois a existência de armas nos lares podem provocar ferimentos e até mortes entre os marginais quando no desempenho de seu trabalho de rapinagem. Acordo entre facções,tem lógica,troca de favores. Quando se realiza este tipo de campanha, cai o número de homicídios disse o Ministro. Ele sabe que é mentira,os dados são distorcidos,mal interpretados e basta uma vista d'olhos nos dados verdadeiros sobre a criminalidade para certificar-se que o resultado nem mesmo é pífio,é negativo, um estimulante para a ação dos marginais pela segurança que o desarmamento lhes dá.
Para dar um acabamento mais atrativo e que demostre as boas intenções governamentais acerca do combate ao crime – não organizado,é claro – defende o sistema de monitoramento eletrônico com pulseiras ou tornozeleiras para quem cometeu... pequenos delitos! Oras,o monitoramento eletrônico tem que ser aplicado aos criminosos perigosos,assassinos,estupradores,sequestradores,para
ao menos criar-lhes entraves e salvar vidas inocentes,quando generosamente recompensados,saem no Natal,dia dos Pais,das Mães,etc,em busca de novas vítimas...
Quem entende de bandido é a policia e o delegado-geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo,Marcos Carneiro Lima afirma que é crescente a infiltração das quadrilhas na política e na estrutura de governo brasileiro. "O crime organizado está entrando no Estado por meio da política",declarou. Concordo,com uma correção: O crime organizado não está entrando na política,ele já há muito se confunde com a política e o próprio Estado;apenas agora,no governo petista,esta realidade é mais gritante porque eles estão à vontade,estão em casa...