segunda-feira, 2 de maio de 2011

A morte de Osama Bin Laden e o fracasso da espionagem aliada

Ontem à noite,1º de Maio,um grupo aproximado de 40 comandos americanos,na maioria SEALs,dos quais 28  desceram em rapel de helicópteros Chinook e Blackhawk, invadiram uma residência em Abbotabad,nos arredores de Islamabad,a capital paquistanesa e conseguiram matar em combate quatro terroristas entre eles Osama Bin Laden e um de seus filhos. Não houve baixas entre os americanos. As notícias ainda são desencontradas,mas sabe-se que  os helicópteros usados não o foram para ataque ao solo e sim para a aproximação com os elementos que participaram da missão militarmente cirúrgica,pois era área urbana. Do cerco ao fim do combate,anunciado já nos primeiros minutos desta segunda feira,horário de Brasília,transcorreram pouco mais de trinta minutos e o incêndio que foi observado no local se deveu a um dos helicópteros,após um pouso brusco,ter sido destruído pelos próprios comandos.
A ação foi acompanhada em tempo real desde a CIA nos Estados Unidos,demostrando certeza do objetivo. Retiraram amostras do DNA para confirmação e aparentemente já deram fim aos restos mortais,como é recomendável nestes casos,evitando-se peregrinações e especulações.
O presidente Barak Obama,em discurso triunfante anunciou a morte do terrorista e reafirmou que logo que assumiu o poder,determinara à CIA que a captura ou morte de Bin Laden seria prioridade...Desde o atentado de 11 de Setembro de 2001 assim tem sido e é preocupante terem se passado cerca de 10 anos para que o objetivo fosse alcançado. Dez anos no mundo da espionagem tecnologicamente avançada e com todo apoio da maior potência mundial não representa vitória e sim derrota e o fato de Bin Laden ter sido morto no Paquistão,onde sempre se afirmou que estaria,deixa esse fracasso da espionagem mais patente. Não se pode falar em fracasso da CIA,somente. A CIA serve de bode espiatório sempre que o assunto é espionagem,mas o fracasso deve ser dividido entre todos os serviços de inteligência aliada envolvidos nesta longa operação,inclusive órgãos mais poderosos,do ramo, dentro dos EUA. Dez anos decorridos significam apenas um golpe de sorte,denúncia ou traição que levaram a bom termo a missão,nada mais. Preocupante pois demonstra a facilidade com que,num mundo caminhando para a violência cada vez mais sofisticada e brutal rumo a uma guerra sem disfarces entre Civilizações,um terrorista pode simplesmente sumir em que pese toda a estrutura de busca das grandes potências e é significativo o fato de que Bin Laden viveu e se escondeu por 10 anos em território pretensamente aliado do Ocidente. Não há aliados nossos daquele lado e só vamos nos livrar do terrorismo quando o combate ou a divisão de mundos for às claras. O Islã é outro mundo e é o inimigo.