quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Lista nominal dos senadores comparsas da Violência


A Comissão de Constituição e Justiça do Senado rejeitou a Proposta de Emenda Constitucional que visava diminuir a maioridade penal de 18 para 16 anos considerando que ela VIOLA OS DIREITOS das criancinhas e adolescentes assassinos, estupradores, ladrões, canalhas e drogados. Para os senhores cidadãos espoliados, violentados, viúvos, órfãos, paraplégicos, para os que perderam seus filhos, vítimas dos monstros protegidos por lei, abaixo publico a lista de seus comparsas, os senadores que votaram contra a redução da maioridade penal:

Angela Portela (PT-RR)
Aníbal Diniz (PT-AC)
Antônio Carlos Valadares (PSB-PE)
Eduardo Braga (PMDB-AM)
Eduardo Suplicy (PT-SP)
Gleisi Hofmann (PT-PR)
Inácio Arruda (PCdoB-CE)
José Pimentel (PT-CE)
Lúcia Vânia (PSDB-GO)
Randolfe Rodrigues (Psol-AP)
Roberto Requião (PMDB-PR)
 
GUARDEM BEM ESSES NOMES!
 
 
 

Diálogo com a vida - Shakespeare

 
 
Lendo "Medida por medida" (Edições Melhoramentos, 1958, tradução de Carlos Alberto Nunes) ato III, cena I, encontrei um magistral diálogo com a vida que aqui transcrevo para meditação dos leitores. Cenário: um quarto na prisão. (os negritos são meus)
CLÁUDIO — Aos infelizes resta um só remédio: a esperança. Espero ainda viver, mas estou pronto para a morte.
DUQUE — Contas certo com a morte; desse modo, tanto ela como a vida se tornarão mais doces. Dialogai com a vida deste modo: Em te perdendo, perderei o que os tolos, tão-somente, cuidam de preservar.
Só és um sopro submetido às influências mais variadas do tempo, que visitam a toda hora tua casa com aflições. És simplesmente um joguete da morte, pois só cuidas de evitá-la e não fazes outra coisa senão correr para ela.
Não és nobre, pois quanto de conforto podes dar-nos, se nutre de baixezas; nem valente podes chamar-te, ao menos, pois tens medo do dardo brando e frágil de um gusano mesquinho. Teu melhor repouso é o sono, que invocas tão frequente; no entretanto, mostras pavor insano de tua morte, que outra coisa não é.
Tu não és tu, pois vives em milhões de grãos nascidos da poeira. Feliz, também não és, pois só cuidas de obter o que te falta, olvidando o que tens.
Não és constante, porque tua compleição, segundo as fases da lua, está sujeita a variações. Se és rica, és pobre; porque tal como o asno vergado sob o peso de tanto ouro, só levas tua riqueza uma jornada, vindo a morte, depois, descarregar-te.
Amigos não possuis, porque tuas próprias entranhas, que por mãe te reconhecem, e até mesmo o que os rins verter costumam, o reumatismo, as úlceras e a gota te amaldiçoam por não darem cabo logo de ti. Não tens nem mocidade nem velhice, não sendo, por assim dizer, mais do que um sono após a sesta, que sonha com ambas, porque a tão ditosa juventude envelhece à força, apenas, de suplicar esmolas à impotente decrepitude.
Quando és velha e rica, careces de afeição, calor, beleza, que os bens te tornem gratos. Que merece, pois, o nome de vida nisso tudo? Mais de mil mortes essa vida oculta; no entanto temos tanto medo à morte, que é o que, no fim da conta, tudo iguala.
CLÁUDIO — De todo o coração vos agradeço. Desejando viver, agora o vejo, só procurava a morte, e, nesse empenho afinal, acho a vida. Pois que venha!
 
 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PEC acaba com auxílio-reclusão de criminoso e cria benefício para vítimas de crimes

Beto Oliveira
Antônia Lúcia: é mais justo amparar a família da vítima do que a família do criminoso.
A Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 304/13, da deputada Antônia Lúcia (PSC-AC), que acaba com o auxílio-reclusão e cria um benefício mensal no valor de um salário mínimo para amparar vítimas de crimes e suas famílias.
Pelo texto, o novo benefício será pago à pessoa vítima de crime pelo período em que ela ficar afastada da atividade que garanta seu sustento. Em caso de morte, o benefício será convertido em pensão ao cônjuge ou companheiro e a dependentes da vítima, conforme regulamentação posterior.
A PEC deixa claro que o benefício não poderá ser acumulado por vítimas que já estejam recebendo auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou pensão por morte.
Vítimas sem amparo
Para a autora, é mais justo amparar a família da vítima do que a família do criminoso. “Hoje não há previsão de amparo para vítimas do criminoso e suas famílias”, afirma. Além disso, segundo ela, o fato do criminoso saber que sua família não ficará ao total desamparo se ele for recolhido à prisão, pode facilitar na decisão em cometer um crime.
“Por outro lado, quando o crime implica sequelas à vítima, impedindo que ela desempenhe a atividade que garante seu sustento, ela enfrenta hoje um total desamparo”, argumenta a deputada.
Auxílio aos dependentes de criminosos
Em vigor atualmente, o auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes de trabalhadores que contribuem para a Previdência Social. É pago enquanto o segurado estiver preso sob regime fechado ou semiaberto e não receba qualquer remuneração.
O cálculo do benefício é feito com base na média dos salários-de-contribuição do preso, e só é concedido quando esse salário for igual ou inferior a R$ 971,78, em atendimento ao preceito constitucional de assegurar o benefício apenas para quem tiver baixa renda.
Conforme a autora, o objetivo é destinar os recursos hoje usados para o pagamento do auxílio-reclusão à vítima do crime, quando sobreviver, ou para a família, no caso de morte.
Tramitação
Inicialmente, a proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania quanto à admissibilidade. Se aprovada, será encaminhada para comissão especial criada especialmente para sua análise. Depois será votada em dois turnos pelo Plenário.
 
 
 
 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Livro "A conspiração de Santo Antonio do Desamparo": a paranoia vista de dentro


Paranoia. S. f. Psiq. Psicopatia, de que há várias formas clínicas, caracterizada pelo aparecimento de ambições suspeitas, que se acentuam, evoluindo para delírios persecutório e de grandeza estruturados sobre base lógica. (Aurélio)
Tudo o que sabemos doutrem é através de informações do próprio e deduções a partir de seu comportamento. Não conhecemos verdadeiramente ninguém. Você sabe o que se passa dentro da casa de seu vizinho? Você sabe o que se passa dentro da mente de seu cônjuge?
Abra essa obra. Não se trata de um livro e sim da porta para o interior de uma mente alheia. Entre, raciocine em conjunto e acompanhe os passos lógicos e convincentes da vítima. Olhe para fora e veja um mundo perverso e ameaçador...

O professor JC :



"...Não dá mais, urge deixar anotado, de alguma forma alguém tomará conhecimento do que estão fazendo comigo caso passem à violência e eu apareça morto. Falo dos psicopatas que me cercam e vigiam.
Estou muito à frente dos que me cercam, por isso querem-me ao seu lado! Algum tempo atrás quando ainda a geladeira estava ligada, salvara dois grãos de arroz doce e escondi o fato, que agora posso esclarecer para os que porventura lerem essa peça de acusação e até mesmo para mim. Obviamente os grãos de arroz não falaram comigo, não tinham bracinhos dependurados! Não procurem traços de loucura em mim! Explicarei para que esse relatório não seja desconsiderado tachando-me de lunático e desviando as atenções das investigações que certamente acontecerão. Retirava um pouco de sobremesa quando ao fechar a geladeira vislumbrei os dois grãos de arroz dependurados na borda da travessa, corpos projetados no espaço com apenas uma mínima parte em contato com o recipiente. Eu -agora sei- como parte e todo do Universo, portanto parte, todo e colega dos dois grãos de arroz, senti o apelo que eles/eu/universo lançaram acerca da energia que ali se gastava sem um fim útil. Abri novamente a porta, recolhi os dois grãos e os reuni aos outros que ao serem ingeridos, me forneceriam energia mais útil do que a desperdiçada ao permanecerem agarrados à borda da travessa! Raciocínio simplesmente lógico, tarefa impossível para um suposto demente.
Agora entendo que não vim por acaso, como me parecia, uma simples transferência burocrática. Fui enviado para neutralizá-los e tentar clarear seus caminhos. O Mal reside em Santo Antonio do Desamparo! O mundo tem que tomar conhecimento e atacá-lo pois está concentrado. O Mal aumentaria seu poder comigo ao seu lado? Mas como? O quê em verdade é minha casca humana que tanto querem e tentam preservá-la?

Agora sei e entendo minhas angústias humanizadas de ser um solitário que nunca teve uma namorada, nunca casou e nunca soube o que é ser pai. Minha missão era outra. Por isso nunca adoeci. Por isso me sentia diferente dos demais. E todos os que estão sob o domínio do Mal sentiam meu poder, por isso não se aproximavam, não me aceitavam e eu amargava a discriminação, solitário, deixado de lado até mesmo na escola, depois de tantos anos de serviço, para amanhecer no dia previsto para minha aposentadoria e desligarem-me como um aparelho obsoleto

Doutor Ernesto F. Wuller, psiquiatra Chefe:
"...J.C. 54 anos. Uma vida discreta, pacata, profissionalmente produtiva. Uma simples timidez que como uma bola de neve aumenta quando a burocracia fria o transfere para uma cidade desconhecida. E enquanto a vida rola encosta abaixo vai agregando mais e mais problemas de relacionamento social sem que os demais se importem com isso. Foi transferido porque não tinha família, agora não participa porque não tem ligações, raízes. Escolhem-se os amigos e amores como uma fruta no mercado, as que mais atraem esteticamente sem se importar com o conteúdo, as marcas mais conhecidas; o que não é atrativo ou conhecido fica marginalizado contemplando namorados de mãos dadas, rodas de alegres amigos, famílias sendo constituídas. O homem torna-se incompleto, sua casa não se constitui num lar, é apenas um abrigo. Reflui, interna-se, só olha para dentro de si, o entorno passa a ser indefinido, enevoado, disperso, impalpável. Torna-se respeitado por sua competência mas se transforma para os demais em uma figura jurídica, impessoal. Não há amigos ou amores e o trabalho substitui o lar, a sociedade é o simulacro de família.

E de repente chega a aposentadoria. Desliga-se a chave da figura jurídica. Desaparece a família social, fecha-se a porta do lar-trabalho. E chega o despertar na manhã em que não há para onde ir, não é requerido, esperado, solicitado, seu nome não consta na lista de cidadãos produtivos. Não tem porque levantar-se da cama. Encontra a vida fechada para balanço. E é ele, sozinho, que terá que encarar esta contabilidade cruel. Não há o ombro de uma esposa, os risos dos netos que carimbam a vida plenamente vivida. Não há mais sonhos a serem sonhados. Sente que as paredes do fracasso começam a se aproximar para esmagá-lo e tem dois caminhos diante do nada quando olha para o passado e do nada quando encara o futuro: admitir a derrota, a incapacidade, a fealdade, a incapacidade de conquistar, enfrentando a tristeza, a depressão que já mostra sua cara e esperar a morte estoicamente ou optar pela vida, rebelar-se, rejeitar o fracasso, encontrar os vilões que não permitiram que recebesse seu quinhão de felicidade?

E ele encontra facilmente o vilão, porque ele pode ser real, ele pode existir para todos nós que o adulamos, servimos, tentamos conquistar, enchemos-lhe de sorrisos e acenos mas é um monstro hipócrita, amoral, cruel, castrador, dissoluto, ditatorial: a Sociedade. Para assim vê-la, basta uma simples mudança de chave no intrincado cérebro humano..."

Sem dúvidas, este livro é uma coisa de louco...  Leia antes que a CIA o delete! Na Amazon, epapel  e em e-book

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Livro "Angústias de um peixe-voador" questiona a utilidade da vida


Entremeadas na vida do "estranho" Arthur, perguntas, dúvidas, reflexões sobre o ser humano, o único animal descontente consigo próprio e sua questionável utilidade. Abaixo, alguns recortes para meditação dos interessados no assunto:
...O mais patético dos animais, o Homem-peixe-voador, neste salto de um segundo de consciência transitória coleciona tudo o que pode amealhar, penas ao vento, grãos de poeira, alguma folha que porventura esteja a boiar na superfície. Esbarra no peixe que salta ao lado, toma-lhe a frente. E depois se dissolve na água com alguns respingos que rapidamente desaparecem. Se no micro momento antes de tocar a cabeça no oceano do Nada perguntássemos a cor do maravilhoso céu que acabara de percorrer, não saberia a resposta...
...Transitoriedade é a palavra que bem definia Arthur porque assim se sentia: um ser passando de uma forma para outra. Via-se como um peixe voador que havia nascido quando principiava a sair d'água para seu salto e que, momentos depois cairia novamente na inconsciência quando voltasse a tocar na superfície límpida, calma, indiferente de um mar infinito chamado Universo. Sabia que era nada e tudo ao mesmo tempo, pois era de Arthurs, pedras, árvores, água e tudo mais que era formado o Todo, peças intercambiáveis construindo ao acaso. E o acaso dotara Arthur de uma qualidade duvidosa, a de, neste salto milimétrico e efêmero, fazer uso de uma consciência transitória, ver-se, sentir-se, observar. Era um pobre ser humano, a mais inútil das criaturas numa realidade igualmente inútil.
...Era um cérebro instalado em um barco de carne e ossos ao sabor das ondas sociais, pronto a saborear as mais diversas paisagens como pano de fundo ao seu filosofar.
...Vivemos o presente ou estamos no passado, perseguindo nossas ações físicas, mais rápidas que o processamento em nosso cérebro? Podemos ter avançado no espaço e o tempo de computação de nossos atos realizados, ou seja –da vida- ser mais lento e até mesmo processar-se somente após ter se liberado do corpo físico, ou seja –da morte! Podemos estar mortos, lentamente somando os dados em ondas mentais soltas no universo e só agora tendo noção do que fizemos. Uma premonição, por exemplo, seria apenas uma onda que se adiantou dentre as demais...
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