sexta-feira, 24 de maio de 2013

O eficiente shampoo anticaspa de Eça de Queirós




Muito melhor que os produtos industriais que os jogadores de futebol dizem usar nas propagandas de TV,um “anúncio” involuntário de shampoo anticaspa realmente efetivo -e natural- foi publicado em 1880 num livro do grande Eça de Queirós. Há alguns anos estava eu a ler “O mandarim” na edição de 1945 da econômica “Colleção Lello”,da Livraria Lello & Irmão e impresso na Artes Gráficas,do Porto quando deparei-me com o parágrafo abaixo:

Aos domingos repousava: instalava-me então no canapé da sala de jantar, de cachimbo nos dentes, e admirava a D. Augusta, que, em dias de missa, costumava limpar com clara de ovo a caspa do tenente Couceiro. Esta hora, sobretudo no Verão, era deliciosa: pelas janelas meio cerradas penetrava o bafa da soalheira, algum repique distante dos sinos da Conceição Nova e o arrulhar das rolas na varanda; a monótona sussurração das moscas balançava-se sobre a velha cambraia, antigo véu nupcial da Madame Marques, que cobria agora no aparador os pratos de cerejas bicais; pouco a pouco o tenente, envolvido, num lençol como um ídolo no seu manto, ia adormecendo,sob a fricção mole das carinhosas mãos da D. Augusta; e ela, arrebitando o dedo mínimo branquinho e papudo, sulcava-lhe as repas lustrosas com o pentezinho dos bichos... Eu então, enternecido, dizia à deleitosa senhora:
Ai D. Augusta, que anjo que é!

Pois! Uma dica do ingrediente e o método de aplicação. Apesar de ser literatura,ficção,Eça retratava costumes da época... Achei interessante e guardei num canto do cérebro até que numa “missão de mato” um pouco mais longa,dormindo em rede em acampamentos sem recursos,banhos em rio e sem shampoo,lembrei-me do Eça e resolvi experimentar,já que ovos eram abundantes na área. Sucesso total! Cabelo limpo,macio e surpreendentemente sem cheiro da clara de ovo. Depois,de volta à “civilização” adotei o método com certa regularidade,já que se mostra superior aos shampoos comerciais,químicos,com a vantagem de ser natural e com um preço irrisório!

Bula:para cabelos curtos (masculinos) a clara de um ovo é suficiente. A partir daí,façam os cálculos para cabelos mais longos. Umedecer os cabelos e massageá-lo com a clara por dois ou três minutos sem deixar secar,é suficiente para cabelo curto embora a Dona Augusta massageava demoradamente até o Tenente Couceiro dormir... Enxaguar. E só. Cabelos macios,couro cabeludo limpo e sem cheiro de omelete. Guardem a gema para os quindins.

Bônus:para Alckmin policiais paulistas são mercenários

Bônus para os policiais que diminuírem a criminalidade em sua área é uma acusação de que os policiais estão fazendo “corpo mole”,estão sendo incompetentes,desinteressados e que podem fazer melhor. E que são considerados mercenários,movidos por dinheiro e não por uma vocação,um ideal. Profissionais ficam satisfeitos com boa remuneração,salário real que demonstre reconhecimento do empregador,da sociedade e não tapinhas na cabeça e um “toma lá pra pinga,valeu!”

Nossos policiais podem sim produzir mais,não tenham dúvidas. É só deixá-los trabalhar com liberdade,sem os “Sou da Paz” nos calcanhares,sem os maconheiros dos “Direitos Humanos”dando-lhes lições de pretensa moral dentro dos próprios quarteis,sem instruções de como usar de educação na abordagem de meliantes sanguinários,sem permitir o linchamento da mídia cada vez que um soldado aperta o gatilho,com chefes fortes e corajosos que os defendam perante as acusações e não façam o jogo do politicamente correto. Hoje,um policial sob fogo tem que pensar,avaliar muito antes de disparar para se defender;além de sua vida é a carreira,o emprego que está em jogo,a sobrevivência de sua família devido a uma legislação fraca e as regras não escritas que defendem e endeusam os marginais e crucificam o profissional da lei. E o resultado tem sido bem claro no número absurdo de policiais mortos em confronto sem maiores investigações,enquanto que qualquer morte de meliante é alvo de inquéritos minuciosos e de ampla divulgação.

O bônus só vai premiar os maus policiais,os corruptos,os marginais fardados. O único resultado dessa medida esdrúxula é a volta da desova de corpos em áreas de outro Batalhão,a manipulação dos dados,os conluios com a marginalidade repartindo o dinheiro pela “cooperação na área”... Dinheiro público perdido e com efeito contrário,como o Vale-Crack que pode vir a ser dividido entre clínicas inidôneas e os drogados. Aparentemente o que o governador de São Paulo precisa com urgência é de bons assessores,conselheiros e não palpiteiros,já que até de vice está “a pé”...

A profissão policial,senhor Alckimin,salvo as exceções presentes em qualquer atividade,é uma vocação e seus resultados partem do ideal de proteger a sociedade com o sacrifício da própria vida. É inútil acenar com bônus a homens que muitas vezes pagam de seu bolso o combustível da viatura para poder atuar,eles precisam de salário digno sim,mas sobretudo condições de trabalhar sem os entraves cada vez maiores em nome de teorias impraticáveis na verdadeira guerra urbana em que o politicamente correto nos colocou. Como ganhar um combate cheio de regras contra quem não as têm?



Brasil,um país de todos(os vigaristas)


 
Não é algo que está errado,é tudo. Começou na vinda da Corte Portuguesa fugindo de Napoleão,trazendo milhares de nobres parasitas que infestaram o jovem território,limparam os cofres,fabricaram dinheiro sem lastro para comprar os franguinhos desossados e assados na manteiga que o mal cheiroso D.João VI levava nos bolsos da sebosa veste e instalaram de vez o germe da corrupção e da má administração,voltada para os governantes e não para os governados. Manter-se no poder sem esforço e enriquecer é a meta,ressalva feita ao Governo Militar onde os presidentes viveram de seu soldo e por isso mesmo quase todas suas viúvas passaram por dificuldades na velhice. Mas isso não dáIbope.

Paternalismo dá notícia,das boas,rende votos entre os filhotes da Corte de D.João,que acreditam firmemente que devem viver às custas do governo sem nunca se questionar sobre a origem do dinheiro. E a origem,pasmem senhores pobres nobres,não é divina,sai do bolso dos otários honestos que trabalham para pagar os impostos que acabam nas mãos dos ladrões,corruptos e parasitas como vocês,detentores dos Vale-Isso e Aquilo. Tudo bem,a Bolsa Família não dá para comprar uma calça de grife como reclama a Dona Maria,mas é só aguardar que vem aí,provavelmente,a Bolsa Boutique,para que os “economicamente débeis”tenham acesso à roupas famosas. Isso sim que é inclusão social! Me lembra muito as promessas comunistas em África,fazendo os nativos sonharem com os bens e posições dos brancos se lutassem pela independência. Capacidade de gerir e manter ficaram de lado,não eram mencionadas e décadas depois,patinando no atraso,ainda culpam os colonialistas que expulsaram  -técnicos, empresários,administradores- pela pobreza...
 
O Brasil de hoje tem um governo-arrastão que fica de olho na movimentação dos cidadãos de bem escolhendo um alvo para saquear. Ataca,esconde 80% e durante a perseguição joga para o alto o restante -batizado de Vale- colocando a plebe indolente como aliada e cúmplice. Porto de Piratas que usa o nome fantasia de “País”,tem atraído na última década legiões de vigaristas e assaltantes dos países vizinhos pela sua legislação criminal que é uma espécie de ação entre amigos,tornou-se importante entreposto da droga para todo o planeta,casa de Mãe Joana pela facilidade de entrar e sair e,no festival indígena -Morrer se preciso for,matar nunca!*- além de extorquirem os colonos e saquearem as caravanas,ganham suas terras produtivas e dinheiro vivo para a água-que-queima do homem branco sem maiores exigências que um pedaço de papel chamado Registro Administrativo de Nascimento Indígena(RANI). O resultado é que além de Meca de traficantes e vigaristas estrangeiros,essa terra da promissão virou também o paraíso de Tupã,deus supremo que dá origem a novos indígenas num piscar de olhos. Sai D.JoãoVI,entra o Tupã. Tudo igual. Sai o título de nobreza e entra o RANI. Paraguaios,colombianos e peruanos atravessam a fronteira sempre aberta como os cofres do governo,arranjam duas testemunhas analfabetas,um carimbo e voilá,passe no caixa mensalmente para receber parte do dinheiro que o cidadão brasileiro suou para ganhar.

Entenderam porque o governo adota o bordão “Brasil,um país de todos”?



*Essa diretiva do Marechal Rondon sobre os índios foi estendida também para as polícias Militar e Civil.