domingo, 29 de janeiro de 2012

O grande jogo de xadrez da sociedade:a política,a igreja,o tráfico e a manada

A atração pelo que é proibido,típica de humanos fracos e incompetentes que assim se escondem da competição com outros mais capazes que estudam,trabalham e praticam atividades viris,é a porta de entrada dos traficantes de drogas que usam uma estrutura tentacular semelhante à da Igreja. A fabulosa renda conseguida movimenta todos os setores econômicos tornando-se de difícil combate,pois os interesses atingem diferenciados níveis,legais ou ilegais. Não fosse a droga uma ponte para a violência contra os humanos viáveis na busca incessante de dinheiro para o vício,usando para isso o roubo,o assassinato,seria ela uma excelente forma de seleção natural,destruindo rapidamente o joio,favorecendo pois o trigo. Podem alegar que diferentemente dos criminosos,os drogados podem se recuperar por completo,tornando cidadãos úteis. Eu diria que se tornam cidadãos de segunda classe,que em seleção emergencial podem ser descartados,uma vez que demonstraram fraca personalidade ao serem atraídos pelo canto dos traficantes,ao cederem às pressões dos colegas,ao escolherem com a consciência do erro,o caminho proibido. Mesmo completamente recuperados,em situações de conflito, de decisões,podem falhar e colocar vidas e projetos preciosos em risco.

O combate às drogas deve ser realizado como contra guerrilheiros que contam com santuários além fronteiras,é o fustigar sem tréguas mas também sem ilusões de exterminá-los. Sendo impraticável desaparecer com as drogas,pelo menos elas servem como indicadores do progresso mental da população. Retirando paulatinamente de circulação os consumidores e com o controle racional da natalidade,num prazo longo a produção e o tráfico desaparecerão por falta de energúmenos que necessitem consumi-las. Pois as drogas são apenas patamares artificiais e efêmeros para os sub homens se sentirem à altura ou superior aos demais. Seu sucesso nos dias atuais demonstra cabalmente a qualidade da Manada,gado que qualquer competente criador enviaria de imediato para o corte,sem deixar se reproduzir para não baixar o pedigree do rebanho...

Mas neste planeta,o gado de corte é disputado por todos os capatazes,principalmente políticos e religiosos. Como sobreviveriam os partidos políticos de esquerda,que se chafurdam à vontade no caos,sem essa massa maleável,obtusa? Você é pobre? A culpa é do rico. Você não tem casa? A culpa é de quem tem duas. A retórica é suficiente para os broncos se sentirem enganados pelos racionais,que estão tomando seus lugares. A verdade nunca seria aceita em seus cérebros vazios:infelizmente não basta ser honesto ou trabalhador;é necessário ter capacidade,competência, racionalidade para conseguir e gerar bens. Até mesmo ilegalmente. Ou todos os grandes marginais estariam no topo social, financeiramente seguros,não apenas uma parte deles...

Esta política do rancor aparece junto com o nascimento dos pequeninos gnus. Sempre se sentirão preteridos, injustiçados,nunca relacionando esta falta de sorte com falta de competência ou indolência genética. O cérebro é usado para lamentar e não produzir,maus estudantes e maus trabalhadores até se encaixarem nas teorias marxistas e afins que prometem para a manada o seu devido lugar - o que geralmente acontece nos países marxistas,justiça seja feita:nascerão operários e morrerão operários,sem chance para amealhar bens que suavizem suas vidas sem sentido ou missão. Mas este rancor é o combustível ideal para ser mantido aceso nas grandes massas,proporcionando poder a poucos,que o usam como forma de barganha política,com agitações inócuas mas que satisfazem a plebe rude ou com paralisações irracionais,verdadeiramente estúpidas,nas quais quem mais perde é o próprio trabalhador,já que as classes mais abastadas têm suas reservas e recursos. Mas as demonstrações de força inflamam as reses ,as fazem sentir poderosas,poder é um dos prazeres do selvagem homem;esta ilusória força é o circo,mas sem pão.

À Igreja,que é uma grande empresa,não interessa a agitação social de esquerda geralmente ateia que pode dividir seu rebanho;então por um lado prega a docilidade,pobreza, renúncia dos bens terrenos e por outro tem seus setores de esquerda, pregando o contrário,de forma radical. Com uma moral multifacetada, a nobre Igreja também acolhe em seu seio as direitas fanáticas,capazes de matar para defender uma estatueta qualquer de santo. E quem apoia e sustenta a manutenção da direita,além da elástica Igreja? Os grandes empresários,assustados pelos gritos da esquerda...Em outras palavras,a direita só se fortalece e volta a aparecer graças a atuação pirotécnica das esquerdas,que os possuidores de bens,distraídos em seu trabalho,acreditam ser verdadeira e perigosa. Você é rico? As esquerdas vão tirar tudo de você. Tem casas? A esquerda só vai lhe deixar com uma. E a direita,penhoradamente agradece a existência e colaboração das esquerdas...

Eu escrevi acima as direitas voltam a aparecer porque realmente elas são cíclicas(não a extrema direita,que é perene),sua ideologia é compartilhada em geral por homens que produzem, possuem bens e somente são despertos de sua tranquilidade quando as esquerdas em seus desvarios sazonais começam a passar dos limites da coerência. Já as esquerdas radicais são formadas por fracassados profissionais,que veem no ativismo político um disfarce para sua incompetência, podendo,como desocupados ou subempregados serem militantes em tempo integral. A massa numérica das esquerdas é muito superior às direitas e sua mobilização é mais fácil,por ser constituída pelo cerne crasso da manada, mas em termos de inteligência e poder de ação concreta as direitas suplantam os adversários,embora de difícil concentração de efetivos,cuja confortável inercia oferece resistência para ser quebrada.

É o jogo de xadrez da Sociedade onde,embora tendo o menor valor individual da partida,os peões são essenciais para o ataque e defesa,mas sem compartilhar do poder. As direitas lembram as torres,imóveis e poderosas,observando a movimentação dos peões e sinistramente aguardando...A Esquerda se assemelha com o cavalo cujo salto nunca termina na direção em que partiu,assim como a Igreja representada muito apropriadamente pelos bispos que não avançam diretamente,não encaram o adversário, sempre de soslaio...




Adaptado de meu livro O Infinito Não Tem Pressa