sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Marcello Caetano,no passado,descreve o petista do presente

O auto denominado“Partido do Povo”,o Partido dos Trabalhadores hoje comanda a ditadura mais fraudulenta,”burguesa” e corrupta a que o Brasil já foi submetido. Um reinado de onde surgiu uma classe nobre,abastada & abestada que pisa nas leis,abandona e despreza -com razão- o povo imbecil que os elegeu. Esse tipo de massa obtusa,fácil de manejar,de conduzir e enganar,é o sonho de todo ditador e da qual os petistas de carteirinha são a representação mais fiel. Lendo “Conversas com Marcello Caetano” de António Alçada Baptista,publicado em 1973 por Moraes Editores,Lisboa,surpreendi-me com a descrição totalmente fiel de nossos petistas,embora ele se refira aos revolucionários portugueses. Não é a descrição que é atual,são os nossos “revolucionários”que são anacrônicos e nela se encaixam com perfeição,fora do contexto moderno,verdadeiros fósseis vivos que deveriam ser explorados pelo Ministério do Turismo para atrair visitantes saudosistas da antiga União Soviética,Cuba e outras nações do Reino das Trevas da irracionalidade.

Não é surpresa que hoje,no poder,o PT faz tudo o que criticava nos governos anteriores quando era oposição,transgride todas as regras da honestidade,da cidadania e seus militantes aplaudem,como também são capazes de ovacionar um Lula,um “Zé" Dirceu,condoer-se de um Palocci,enquanto esses ídolos proletários abarrotam seus cofres com dinheiro de origem etérea...

Vejam o que diz Marcello Caetano:
...o militante revolucionário é por via de regra uma pessoa completamente fora das realidades,que abdicou de pensar pela própria cabeça. O partido toma conta de toda a sua personalidade e,através de sua doutrina,fornece-lhe uma imagem do mundo que a ela corresponde e não àquilo que existe,e que ele aceita sem qualquer espírito crítico porque comodamente se encostou a uma construção onde a reflexão e a dúvida não podem ter lugar. O mundo passa a ser,não aquilo que efetivamente se está a viver,mas o corpo das teorias e dos factos deformados,das interpretações oficiais do Partido,sobre o que,em nome do interesse superior deste,da revolução social que ele encarna,não se sente no direito de levantar a mínima interrogação. Se for preciso defender hoje o que se condenava ontem,não hesita em fazê-lo,se essas forem as indicações.
A vida,para o militante comunista,não é esta realidade vária,complexa, contraditória,de que o mundo é feito e que constitui a impossibilidade de o definirmos e interpretarmos através dum sistema. Não,é um mundo de situações-tipo,de palavras-chave,de abstrações e de fórmulas.
Aquilo que chamam a “burguesia” acaba por ser uma entidade abstrata para onde transportam todos os vícios e donde fazem partir todos os males. Por outro lado,o “trabalhador” é também um ser mítico,ornado de todas as heroicidades,onde os próprios trabalhadores raramente se reconhecem. Mas a verdade é que,não obstante esta situação estar há muito evidente e descrita,muitas pessoas continuam sensíveis à miragem das promessas...”


Brasileiros e brasileiras,bem-vindos ao século passado...