quinta-feira, 2 de junho de 2011

"Por uma vida melhor" é pior do que parece!

Um leitor enviou-me em PDF* o capítulo completo do polêmico livro “Por uma vida Melhor”,aqui já tratado e destratado,como em toda imprensa falada,escrita e rabiscada. Vejam em comentários a opinião profissional do professor Siqueira,autor do envio. Considerei um dever para com o Blog e seus leitores fazer uma leitura acurada,já que aqui deixei minha opinião de maneira contundente,baseado nas páginas principais que deram origem à celeuma. As páginas continuam sendo suficientes para tal,como comentei:um tiro apenas,bem colocado,basta para matar,causar ferimento,não é necessário uma rajada. No caso,eu diria que até uma frase infeliz pode “matar”o livro e ferir o aluno em sua busca de desenvolvimento. A frase “mas é claro que pode!”respondendo ao questionamento sobre o escrever ou falar errado é uma dessas balas mortais. Confunde o aluno,que busca a escola para justamente fugir dessas falhas que o perseguem e tiram suas chances quando em disputa com concorrentes mais qualificados. O título “Por uma vida melhor”está prometendo justamente isso,não uma permanência no atoleiro do nível “popular”. Então posso falar assim?! É claro que pode! E vão me aceitar? Não! … Ora,então por que perder tempo com teorias que ficam bem e são interessantes numa roda de professores universitários,mas não na cabeça de quem procura ensino rápido,prático,dirigido para suas necessidades. O livro se destina ao EJA,Educação para Jovens e Adultos,da Secad,cujo objetivo é “contribuir para a redução das desigualdades educacionais por meio da participação de todos os cidadãos em políticas públicas que assegurem a ampliação do acesso à educação...uma forma de alfabetizar quem não teve oportunidade de estudar na infância ou aqueles que por algum motivo tiveram de abandonar a escola. (MEC). Sugiro que o MEC leia suas próprias definições sobre as finalidades do EJA...
Li todo o capítulo em questão. Continuei boquiaberto mas um pouco mais assustado,pois como é regra na Era Lula,os intelectuais de esquerda(embora não acredite que alguém de esquerda possa ser intelectual,mas vá lá,vamos usar o termo corrente)colocam em doses mínimas,espalhados aqui e ali seu veneno ideológico,não conseguem deixar de o fazer. Temos frases como:A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio. Oras,faça-me o favor! Sinal de prestígio? É por isso que se fala e escreve corretamente!? Ou será simplesmente porque o correto é que é correto? E que tal o incitamento ao rancor:“a classe dominante tem maior acesso à escolaridade” Não será que quem procura se escolarizar consegue ascender às classes mais abastadas? A classe “dominante” na Era Lula passou a ser a coitada da sofrida classe média,cujo pecado é trabalhar e progredir com o próprio esforço e não sentar-se à espera de benesses governamentais e ficar culpando a “Zelite”...
E vejam o inocente exemplo,político,insuflador,impropriamente usado para fins didáticos:        
"violência em nosso país está a cada dia que passa se acentuando mais. Isto devido a diversos fatores. Podemos citar o fator econômico e a ganância do homem pelo dinheiro. O desemprego dos pais, a falta de moradia, de alimentação e de educação os impedem de criar seus filhos dignamente. Daí a grande violência da sociedade. O menor abandonado, sozinho, sem ter uma mão firme que o conduza pela vida, parte para o crime, o roubo, na tentativa de sobreviver."
O texto fala da violência e a relaciona não à impunidade e incompetência governamental,mas à ganância do homem pelo dinheiro(a Zelite,claro!)etc,etc,que levam o menor abandonado(dimenor na variedade popular)ao crime na tentativa de sobreviver...E eu,maldoso,que pensava que eles roubavam para comprar drogas! E esse texto ou fragmentos dele,são repetidos 10(dez) vezes em três(3)páginas! Nem é subliminar,é descarado mesmo! E para embananar mais a vítima,um poema de Juó Bananére, do começo do século XX em linguagem”especial”...
Resumindo em minha leiga opinião,um livro fraco para universitários ou professores e descabido para os fins a que se destina,educação para jovens e adultos pouco letrados. Um disparate típico da Era Lula que vem se juntar ao Kit Gay,na formação da Grande Manada.


* Os leitores interessados no arquivo(PDF,760Kb),solicitem através do e-mail de contato:
 pmcmarangoni@gmail.com